São Paulo, quinta-feira, 26 de maio de 2011 |
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CRÍTICA QUADRINHOS Final da saga repete elementos marcantes e acaba subitamente MARCO AURÉLIO CANÔNICO EDITOR DE FOTOGRAFIA É, grosso modo, o encontro do "maluco" com o "tarado" -e poucas sagas seriam mais propícias para um trabalho conjunto de Alejandro Jodorowsky e Milo Manara do que a da família Bórgia, da qual saíram três papas e incontáveis histórias de intrigas, sexo e violência. Jodorowsky, cineasta e quadrinista chileno célebre por suas obras delirantes, escreveu o roteiro da HQ "Bórgia", passada na Europa dos séculos 15 e 16, e convidou o italiano Manara, um mestre dos quadrinhos eróticos, para ilustrá-lo. O quarto e conclusivo volume chega ao Brasil seis anos após o primeiro, e quem acompanhou a história até aqui vai encontrar um cenário familiar -intrigas, assassinatos, adultério, incesto e detalhes grotescos. Há também humor que beira o nonsense e participação de figuras históricas como Da Vinci e Maquiavel. A conclusão da saga dos Bórgia tem, no entanto, defeitos vistos antes: o roteiro por vezes parece atropelado, enumerando acontecimentos (narrados e ilustrados em poucas cenas) de forma que quebra a naturalidade da narrativa. Um final abrupto. BÓRGIA - TUDO É VAIDADE AUTORES Alejandro Jodorowsky e Milo Manara EDITORA Conrad TRADUÇÃO Idalina Lopes QUANTO R$ 47 (56 págs.) AVALIAÇÃO regular Texto Anterior: Papa pop & mau Próximo Texto: Estilo de Miles Davis ainda fascina o jazz Índice | Comunicar Erros |
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