São Paulo, quinta-feira, 26 de maio de 2011

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Recusa de obras de Ianelli pelo MAM provoca mal-estar

Testamento do artista previa doação de 14 trabalhos à instituição; conselho votou por ficar apenas com duas

Doação poderia ser redundante para acervo, diz museu de SP; família considera explicação ofensiva

GABRIELA LONGMAN
DE SÃO PAULO

Conhecido pela luminosidade de seus quadros, o artista Arcangelo Ianelli morreu em 2009. No testamento, deixou obras para 16 museus e instituições diversas -Masp, MAC-USP, Museu Afro e Faap foram alguns dos contemplados pela doação.
Com 15 obras do pintor em seu acervo atual, o MAM-SP considerou as obras recebidas como "redundantes", à exceção de duas: o óleo sobre tela "Barcos", de 1961, e uma escultura sem título, de 1974.
A decisão, tomada pelo curador Felipe Chaimovich e pelo conselho de arte do museu, foi considerada ofensiva pela família do pintor.
"Essa justificativa é absurda", disse à Folha Kátia Ianelli, filha do artista. "O conjunto contêm esculturas, pasteis, relevo sobre madeira, tudo o que eles não têm no acervo. Fico triste porque meu pai era muito ligado ao MAM. Participou de conselhos e organizou leilões."
Segundo ela, a atitude contrasta com a de todos os outros museus, que celebraram a chegada das obras.
"A Pinacoteca programou uma exposição como forma de agradecer a doação."
Chaimovich afirmou que a importância do pintor é inegável, mas que o conselho mantém sua posição sobre a redundância. "Vamos entrar em contato com a família e desfazer o mal-entendido."


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