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Terceiro edital tem inscrições até o dia 30
FREE-LANCE PARA A FOLHA
DA REPORTAGEM LOCAL
As companhias que quiserem
continuar contempladas pelo Fomento ou dele dispor nos próximos tempos devem se apressar. O terceiro edital do programa, coordenado dentro da Secretaria Municipal da Cultura por Sulla Andreato, 49, tem inscrições abertas
até o próximo dia 30.
Desta vez, calcula-se que o número de projetos inscritos deva
chegar a 120. Nos dois primeiros
editais, houve, respectivamente,
178 e 144 inscrições. Tal decréscimo pode se explicar pela diminuição de companhias especialmente
criadas para concorrer ao prêmio.
Entre as contempladas, há algumas que pretendem pleitear o incentivo novamente. É o caso do Cemitério de Automóveis, que até
o final do ano continua com a
programação em seu espaço alugado com a verba do programa.
"Desejamos, se conseguirmos,
talvez alugar outro lugar, aqui
mesmo na Bela Vista [região central de São Paulo]. Se ficarmos só
aqui, a produção fica restrita, gostaria de fazer outro tipo de direção. Aqui, é necessário fazer
adaptações por causa do espaço",
diz o dramaturgo, diretor e ator
Mário Bortolotto, 40. Ele se refere
ao palco duplo e à platéia em dois
níveis de que dispõe e que sempre
exigem reformulações nas encenações apresentadas.
Outros grupos também pretendem batalhar pelo que a lei qualifica de continuidade. É o caso do
Teatro da Vertigem, que pretende
conquistar a verba do Fomento de
novo para dar sequência à pesquisa de seu novo trabalho.
Segundo Andreato, os grupos
estão aprendendo a trabalhar
dentro de orçamentos apertados e
a documentar as suas realizações
(oficinas, projetos comunitários,
espetáculos).
"Eles fazem com R$ 200, R$ 250
mil o que muitos produtores pedem para captar por meio da Lei
Mendonça com R$ 900 mil, por
exemplo, para montar um espetáculo e fazer temporada de dois
meses", diz Andreato, que integra
a comissão da Lei Mendonça.
No caso do Fomento, o paradigma é diferente, como informa o
primeiro parágrafo da lei:
"Apoiar a manutenção e a criação
de projetos de trabalho continuado de pesquisa [práticas dramatúrgicas ou cênicas] e produção
teatral visando o desenvolvimento do teatro e o melhor acesso da
população ao mesmo".
Entre os critérios da comissão
julgadora, estão a qualidade do
plano de trabalho, sua ação continuada e a contrapartida social,
pauta que tem permeado discussões acerca da política pública nacional de incentivo à cultura e
que, no caso do Fomento, inclui
principalmente a realização de
cursos e oficinas gratuitas. A comissão é formada por nomes indicados pela Cooperativa Paulista
de Teatro, pela Associação dos
Produtores Teatrais do Estado de
São Paulo (Apetesp) e pela Secretaria Municipal da Cultura.
Não houve nenhum caso, mas
os proponentes que não comprovarem os gastos e a contrapartida
social do projeto serão considerados inadimplentes, impedidos de
disputar editais públicos nos próximos cinco anos e obrigados a
devolver o que receberam.
Cada uma das três parcelas do dinheiro repassado ao grupo
(40% na assinatura, 40% na segunda etapa e 20% na última) deve agregar um relatório.
PROGRAMA MUNICIPAL DE FOMENTO
AO TEATRO PARA A CIDADE DE SÃO
PAULO. Informações na Secretaria
Municipal da Cultura de São Paulo (av.
São João, 473, 9º andar, SP, tel. 0/xx/11/
3334-0001, r. 1909), das 14h às 18h.
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