São Paulo, segunda-feira, 26 de julho de 2004 |
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Reality show
Quinteto nova-iorquino TV on the Radio se impõe fugindo das amarras do pop; disco de estréia circula no Brasil apenas por loja virtual THIAGO NEY DA REDAÇÃO Eles não tinham quase nada para dar certo. Não são bonitinhos, não têm um corte de cabelo modernoso, não se metem em confusões e a música foge bastante das amarras do pop. Mas um "detalhe" fez do TV on the Radio uma das bandas mais faladas e disputadas do rock: eles lançaram um disco extraordinariamente bom. O álbum é "Desperate Youth, Blood Thirsty Babes", que saiu nos EUA em abril e chegou ao Brasil há duas semanas, por meio de um acordo de distribuição entre a gravadora americana, Touch & Go, e a loja on-line paulista Peligro Discos (www.blue-after noon.com/peligro). A história do TV on the Radio teve início em 2001. Vizinhos, o artista gráfico Tunde Adembipe (hoje vocalista) e Dave Sitek (multiinstrumentista) decidiram criar a banda após trocarem algumas gravações que faziam sozinhos. Produziram um CD demo, "OK Calculator", de 24 canções, e o distribuíram para alguns selos. A dupla se apresentava em bares e galerias de Nova York, e em 2003 lançou "Young Liars". O EP, de cinco canções (incluindo um bizarro cover de "Mr. Grieves", dos Pixies), não parecia em nada com as sonoridades garage rock ou pós-punk características das novas bandas da cidade. No começo deste ano, recrutaram o guitarrista Kyp Malone (que havia produzido o disco do Yeah Yeah Yeahs). A música do grupo, que bebia no soul, reggae, new wave e punk, ganhou corpo e ficou mais trabalhada. O resultado: "Desperate Youth, Blood Thirsty Babes". Consequências: o TV on the Radio -hoje transformado em quinteto com o recrutamento de um baterista e um guitarrista- foi chamado para "talk-shows" nos EUA e protagonizou turnê concorridíssima na Europa. Nesta semana, a Folha conversou por e-mail com Adembipe. Folha - Como foi o início da banda? Vocês eram vizinhos, não? Folha - O grupo é um quinteto? Folha - Sua música foi descrita como "experimental, mas não difícil"
e como "Nina Simone indie-dance-psicodélica". É isso? Folha - Seus discos estão rodando
a internet. O que você acha disso? Folha - Muita gente fala das novas bandas de Nova York. Há muitas coisas em comum entre vocês? Folha - Você concorda quando dizem que hoje é quase impossível
ser original no rock? Folha - Há algo de político em
suas letras. O que o inspira? |
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