São Paulo, quarta-feira, 26 de julho de 2006

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Crítica

Sergio Leone filma faroeste sem fronteiras

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O bom, o mau, o feio: Clint Eastwood, Lee van Cleef, Eli Wallach. Um trio de ferro do "western spaghetti", dito aqui "Três Homens em Conflito" (Turner Classic Movies, 23h45).
Nada mais do que três caçadores de dinheiro, sendo que os dois primeiros tendem a falar pouco. A diferença entre eles é que Clint desenvolve um tipo mais sombrio, e Van Cleef, um mais malandro. O terceiro, o de Eli Wallach, difere bastante dos dois pelo que tem de falante, gabola, traiçoeiro.
Os três representam muito bem essa paixão que tinha Sergio Leone de reencontrar os tipos do Oeste, de recriá-los de acordo com a experiência de um italiano que os conheceu não como personagens de uma mitologia fundamentada na história, mas de uma mitologia cinematográfica.
Essa paixão é que transparece neste filme rodado em 1966. Pois, se o cinema é viagem e linguagem universal, por que prender o faroeste em fronteiras nacionais? Leone sabia das coisas.


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