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Original de 1984 tinha "bullying" violento
Ralph Macchio fazia um Karate Kid magrelo que apanhava sem parar
Colegas atrizes se deram bem na carreira, enquanto protagonista só consegue fazer papéis menores na TV
IVAN FINOTTI
DE SÃO PAULO
No ambiente escolar, o
bullying sempre foi associado àquele aluno valentão infernizando a vida do colega
mais fraco. Já no ambiente cinematográfico, desde 1984
"bullying" significa espancar Ralph Macchio.
Rapaz, e como ele apanhava! Era chute na cara, soco no
estômago, cara na cerca, cara na areia, cara no tatame.
Confira parte da pancadaria
no YouTube (faça a pesquisa
por "The Karate Kid (1984)
Trailer").
No final ele ganhava, é claro: afinal, Daniel Larusso
(nome do personagem) nada
mais era que Rocky, o lutador, em versão teen.
Logo os sofredores da vida
real (basicamente 100% da
população adolescente) se
identificaram com o coitado,
seja nos EUA ou no Brasil.
Conta-se que em meados
daquela década multiplicaram-se academias de caratê
em São Paulo, mas os institutos de pesquisa, salvo engano, não se debruçaram sobre
o fenômeno.
Colegas
O triste é que na vida real,
Macchio continuou apanhando. Elizabeth Shue, sua
parceira de namoro em "Karate Kid" (mas não nas sequências de 1986 e 1989), se
tornou atriz respeitada após
"Despedida em Las Vegas"
(1995).
O mesmo aconteceu com a
duplamente oscarizada Hilary Swank, que protagonizou uma inacreditável versão
feminina da série em 1994
("The Next Karate Kid").
Já Macchio, o que andou
fazendo no resto dos 80, 90 e
2000? Fez "Karate Kid 2",
"Karate Kid 3" e foi se apagando.
Seu últimos trabalhos são
televisivos. Aparecer em 11
episódios na versão norte-americana de "Betty, a Feia",
"Ugly Betty". Seu personagem lá se chamava Archie
Rodriguez.
E, neste ano, atacou de
"Law & Order". Parece que
Macchio nunca conseguiu
escapar desse tal do bullying.
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