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"Juízo" é retrato esclarecedor do judiciário
DA ENVIADA AO RIO
O Festival do Rio assistiu na noite de segunda à
estréia de "Juízo", documentário de Maria Augusta Ramos, exibido fora de
competição.
Antes da sessão, a diretora disse à platéia -onde
estavam os documentaristas Eduardo Coutinho,
Eduardo Escorel, Silvio
Da-Rin- que realizou um
filme "híbrido".
O hibridismo, em "Juízo", ocorre entre o registro
encenado e o espontâneo.
O filme se dedica à relação de adolescentes infratores com a Justiça, concentrando-se nas audiências em que os acusados
são confrontados por um
juiz e têm sua punição definida, na presença de um
defensor público, de um
promotor e, eventualmente, de um de seus pais.
Atendendo à proibição
legal de exibir imagens de
menores infratores, a diretora escalou adolescentes
"que vivem em condições
similares" às dos réus.
Todos os adultos, no entanto, "estão representando seu próprio papel", segundo um letreiro inicial.
Assim como em "Justiça", seu filme anterior, a
diretora alcança um registro sóbrio, esclarecedor e
preocupante do sistema
judiciário brasileiro.
(SILVANA ARANTES)
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