São Paulo, quarta-feira, 26 de setembro de 2007

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"Juízo" é retrato esclarecedor do judiciário

DA ENVIADA AO RIO

O Festival do Rio assistiu na noite de segunda à estréia de "Juízo", documentário de Maria Augusta Ramos, exibido fora de competição.
Antes da sessão, a diretora disse à platéia -onde estavam os documentaristas Eduardo Coutinho, Eduardo Escorel, Silvio Da-Rin- que realizou um filme "híbrido".
O hibridismo, em "Juízo", ocorre entre o registro encenado e o espontâneo.
O filme se dedica à relação de adolescentes infratores com a Justiça, concentrando-se nas audiências em que os acusados são confrontados por um juiz e têm sua punição definida, na presença de um defensor público, de um promotor e, eventualmente, de um de seus pais.
Atendendo à proibição legal de exibir imagens de menores infratores, a diretora escalou adolescentes "que vivem em condições similares" às dos réus.
Todos os adultos, no entanto, "estão representando seu próprio papel", segundo um letreiro inicial.
Assim como em "Justiça", seu filme anterior, a diretora alcança um registro sóbrio, esclarecedor e preocupante do sistema judiciário brasileiro.
(SILVANA ARANTES)


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