São Paulo, sexta-feira, 26 de setembro de 2008

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"Nenhum corte prejudicial à Bienal foi feito"

DA REPORTAGEM LOCAL

Leia a seguir o comunicado em resposta ao e-mail de Mesquita interceptado pela Folha:
"Estamos na reta final de preparativos para abertura da 28ª Bienal de São Paulo e a implantação dos programas que compõem o seu projeto. Neste momento, a direção da fundação e a curadoria da 28ª Bienal vêm desenvolvendo trabalho cooperativo para manter a realização da exposição dentro da previsão orçamentária. Ajustes e acertos são absolutamente normais nesse processo. Mais ainda em projetos do porte e complexidade de uma Bienal.
Sendo assim, portanto, não é exclusividade da 28ª Bienal. Praticamente metade do orçamento para a realização da exposição (R$ 8 milhões) já foi captado e, como observado, a Fundação Bienal de São Paulo ainda mantém projeto aprovado pelo Ministério da Cultura, no valor de R$ 3,6 milhões. Neste momento, a fundação finaliza entendimentos com algumas empresas, para complementar o patrocínio da Bienal.
Sobre a emenda de bancada paulista não ter destacado, neste ano, nenhum recurso para as instituições culturais, o que nos últimos anos têm significado ajuda substancial para diversas instituições culturais entre elas a Fundação Bienal, trata-se de uma decisão que foge da nossa alçada, sobre a qual não podemos opinar. No momento, essa decisão depende de aprovação do Ministério da Cultura. Este é um processo normal e a fundação está perfeitamente credenciada para tal benefício, tanto que neste ano recebemos pagamentos referentes ao último repasse proveniente de emenda de bancada aprovada em 2007.
A busca por esse equilíbrio orçamentário exige responsabilidade por parte da fundação e capacidade de criar alternativas e soluções inteligentes por parte da curadoria. A integridade do projeto original para a exposição é, e sempre foi, o objetivo último de ambas as partes. Nesse sentido, podemos afirmar com tranqüilidade que não houve qualquer corte, em nenhum ponto da proposta para "em vivo contato" que a prejudicasse ou colocasse em risco sua integridade.
Também gostaríamos de dizer que informações descontextualizadas nesse momento não ajudam em nada ao trabalho e os esforços dos curadores, artistas, arquitetos, educadores, produtores, montadores, escritores, editores, jornalistas, designers e tantos outros já trabalhando para uma boa realização da próxima Bienal de São Paulo.
Assim sendo, sugiro procurar os curadores da mostra, Ivo Mesquita e Ana Paula Cohen, que desde já se colocam à sua disposição para complementar informações necessárias. Estamos sim prontos para prestar contas à imprensa, mas por favor, depois de mostrar o trabalho que estamos realizando.
Para finalizar gostaríamos de registrar nossa surpresa em saber que a imprensa teve acesso a um documento informal de trabalho, confidencial e interno da Fundação Bienal de São Paulo. A fundação, por considerar o documento sigiloso, não autoriza a sua publicação.
Cordialmente,
Manoel F. Pires da Costa."


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