São Paulo, domingo, 26 de setembro de 2010

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LAURA MATTOS (interina) laura.mattos@grupofolha.com.br

"Ti Ti Ti" resgata o público da internet, afirma autora

Renato RochaMiranda/TV Globo
A personagem Mabi(Clara Tiezzi), da novela "Ti Ti Ti"

"Ti Ti Ti" resgatou o ibope das 19h na Globo e se tornou hype da moda na internet. Para Maria Adelaide Amaral, autora do remake da história, originalmente exibida em 1985, "a inserção de novas mídias" é um fator de atração para a audiência, especialmente a mais jovem, que havia migrado para a TV fechada e a internet. A personagem-queridinha é Mabi (Clara Tiezzi), filha fashion de Jacques Leclair (Alexandre Borges). Amaral "jura por Deus" que a criou antes de saber da badalada blogueira norte-americana Tavi Gevinson. Leia abaixo.

 

Folha - Que atualizações tem feito em relação ao original?
Maria Adelaide Amaral - São tantas, é difícil enumerar. Mas, sem dúvida, a inserção das novas mídias deve ter sido um fator de atração para o público. Para meu espanto, a Mabi, que não faz concessões nem de estilo nem de linguagem, é enorme sucesso. Dá prazer ver frases ou cenas da novela circularem no Facebook e Twitter.
A Mabi foi adotada por colunistas de moda. Frases dela são citadas nos blogs, e a [jornalista de moda] Regina Guerreiro já afirmou que Mabi é a filha que ela não teve.

Dizem que Mabi foi inspirada na blogueira Tavi Gevinson.
Acredite se quiser, mas a Mabi foi criada antes de eu saber da Tavi. Lembro que alguém comentou, lendo a sinopse, que a personagem era inverossímil. Até que recebi de meu pesquisador um e-mail com informações sobre Tavi, com o seguinte título: Mabi existe. Juro por Deus.

Quem vê "Ti Ti Ti"?
O público é muito diversificado e atraiu pessoas que estavam na TV fechada e na internet e tinham perdido o hábito de ver novelas.

Com o sucesso de "Ti Ti Ti", a Globo se animou a fazer o remake de "Guerra dos Sexos". Esse tipo de comédia do horário das 19h, tão característico dos anos 80, voltou?
Não dá para colocar no ar hoje uma novela que deu certo em outras décadas. Silvio de Abreu ["Guerra dos Sexos" e "Passione"] foi supervisor do remake que fiz de "Anjo Mau" [1997/ 98] e disse que não devia ter medo de reformular. Ele me aconselhou a arregaçar as mangas e fazer a minha novela. O que se deve preservar é a grande ideia.

Como a atuação de Murilo Benício e Alexandre Borges interfere nessa versão de Victor Valentim e Jacques Leclair?
Eles estão impagáveis. Gosto da linha que a direção do Jorge Fernando deu a eles, quase sempre histriônicos, mas com sublimes momentos de intimismo.


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