São Paulo, quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros O melhor festival do ano...de 1991 Alguns nomes do SWU, que acontece no mês que vem em Paulínia, tiveram sua melhor fase há 20 anos, dando ar retro ao evento THALES DE MENEZES DE SÃO PAULO Black Eyed Peas, Kanye West, OFWGKTA, Is Tropical, Crystal Castles e James Murphy. Eis uma fatia da escalação da segunda edição do SWU que serve como polaroide da cena musical 2011. Mas o megafestival, que acontece de 12 a 14 de novembro em Paulínia, a 117 km de São Paulo, também traz nomes que jogam o público em um túnel do tempo. São bandas que, se viessem tocar no Brasil em 1991, renderiam um evento de ponta, com boa parte da elite musical da época. Hoje, conferem ao SWU um certo espírito de arqueologia roqueira. Os personagens dessa viagem no tempo: Peter Gabriel, Chris Cornell (que estava no Soundgarden), Faith No More, Megadeth, Sonic Youth, Alice in Chains e Phil Anselmo. Este último vem com nova banda, Down, mas vive na lembrança dos roqueiros como vocalista do pesadão Pantera, do início dos anos 90. Unidas pela força conjunta da atração -quatro palcos, fórum, muito verde, a chance de acampar com os amigos-, essas bandas têm boa chance de agradar. Sozinhas, elas não fazem mais diferença na cena roqueira. Nenhuma seria capaz de reunir por conta própria a massa de público que deverá se posicionar diante dos palcos montados em Paulínia -são esperados pelo menos 70 mil espectadores a cada dia. Na escalação há quem não solte um disco há 15 anos (Faith No More), tem banda desfigurada de sua formação original (Alice in Chains) e até uma que já anunciou sua aposentadoria logo depois do evento (Sonic Youth, abalado pelo divórcio entre Kim Gordon e Thurston Moore). Black Eyed Peas e Kanye West fazem um encerramento respeitável na primeira noite, mas Peter Gabriel, na segunda, e Faith No More, fechando o festival, não repetem a força da primeira edição do festival, em 2010. Kings of Leon veio ao SWU a caminho de virar uma espécie de U2 versão caipira americano. A banda dos irmãos Followill foi atração principal de praticamente todos os grandes festivais do planeta nos últimos dois anos. Em 2010, o evento, que aconteceu em Itu, também conseguiu uma poderosa atração nacional, com a reunião dos Los Hermanos, sempre motivo suficiente para mobilizar uma incontável legião de fãs ardorosos. Neste ano, há uma garotada brasileira boa no palco New Stage, como Copacabana Club e Apolonio; mas no espaço principal a nostalgia ataca mais uma vez, com Raimundos e Ultraje a Rigor, já distantes de suas fases mais criativas -e representativas. O festival tem tudo para ser um sucesso, e o público (nem um pouco ranzinza como é a crítica musical) vai aplaudir muito. Só precisa é saber que diante dele estará uma geração passada do rock. FESTIVAL SWU ONDE Parque Brasil 500, em Paulínia, a 117 km de São Paulo QUANDO de 12 a 14 de novembro QUANTO R$ 290 (para um dia) ou R$ 739,50 (para os três dias), com opção de meia-entrada; no site www.swu.com.br/festival/ingresso e 67 postos de venda CLASSIFICAÇÃO 16 anos Texto Anterior: Mônica Bergamo Próximo Texto: Volta de bandas reflete fracasso de projetos solo Índice | Comunicar Erros

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