São Paulo, quarta-feira, 26 de outubro de 2011

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Volta de bandas reflete fracasso de projetos solo

CARLOS MESSIAS
DE SÃO PAULO

No embalo dos 20 anos de "Nevermind", do Nirvana, a nostalgia da década de 90 soa irresistível. Os mais recentes filhotes da saudade foram os retornos, anunciados na semana passada, das bandas Stone Roses e Mazzy Star. Muitos estão voltando por pura falta de opção. Em entrevista à revista "Spin", no ano passado, o baixista do Soundgarden, Ben Sheppard, reconheceu que estava dormindo de favor no sofá de amigos.
Após o fim do Audioslave, a uma vez promissora carreira solo de Chris Cornell descambou no terceiro CD, "Scream" (2009), no qual se arriscou no R&B.
"Eu me senti atraído por trabalhar com [o produtor] Timbaland. Foi tudo muito novo, aprendi bastante", ressalta Cornell, em entrevista à Folha.
Aprendeu tanto que, no ano passado, realizou o que jurava que não faria: reativou o Soundgarden, que em maio deve lançar novo álbum. Antes disso, em novembro, lança "Songbook", com versões acústicas de canções de todas as fases de sua carreira.
Trajetória semelhante teve Scott Weiland, do Stone Temple Pilots, que também se aventurou em um supergrupo (Velvet Revolver) e amargou uma carreira solo irrelevante com seu segundo álbum, "Happy in Galoshes" (2008). Nessa leva, o Alice in Chains fez o que parecia impossível. Gravou o disco "Black Gives Way to Blue" (2009) com o vocalista William DuVall substituindo o mítico Layne Stanley (1967-2002) e foi muito bem aceito.
"O que as pessoas estão começando a perceber é que um dos nossos diferenciais são as harmonizações. Jerry [Cantrell, o guitarrista] sempre fez 50% dos vocais", argumenta o baterista Sean Kinney, em entrevista à Folha.


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