São Paulo, quarta-feira, 26 de outubro de 2011

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Clássicos ganham força com novas cópias

35ª MOSTRA DE SP Evento tem sessões de versões restauradas de 'Taxi Driver', '1900' e 'O Leopardo' ampliado

'Amarcord', longa de Fellini, tem sessão gratuita ao ar livre no próximo domingo no parque Ibirapuera

LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
DE SÃO PAULO

A 35ª edição da Mostra reúne vencedores de Ursos em Berlim e Palmas em Cannes, mas para o cinéfilo de carteirinha esses filmes talvez passem completamente batidos.
Para eles, possivelmente o luxo do evento seja trazer as cópias recém-restauradas de grandes clássicos do cinema. Após debutar em maio em Cannes, a nova versão de "Laranja Mecânica" (1971), de Stanley Kubrick, celebrou aqui os 40 anos do filme com debates com Jan Harlan, produtor e cunhado do cineasta.
"A Warner limpou todos os elementos do filme meticulosamente", diz Harlan. Um cuidado que o perfeccionista Kubrick aprovaria. "Taxi Driver" (1976), de Martin Scorsese, foi outro que teve restauro. O resultado foi exibido em Berlim em fevereiro. A história de um ex-veterano do Vietnã desiludido com os rumos do mundo ganha em som e cores.
Menos técnica é a recuperação de "O Leopardo" (1963), de Luchino Visconti, que foi ampliado em 20 minutos. Esta edição tem 205 minutos, que é o primeiro corte feito pelo diretor italiano, depois considerado excessivo e reduzido para 185 minutos para o lançamento oficial.
Sob a responsabilidade da Cinemateca de Bolonha, em associação com a Film Foundation, fundação de Martin Scorsese, entre outros parceiros, o restauro tomou mais de 12 mil horas de trabalho manual para a retirada de arranhões e sujeiras da cópia. Vencedor da Palma de Ouro em Cannes, o filme traz Burt Lancaster como um aristocrata que tenta proteger sua família dos tumultos sociais na Sicília dos anos 1860.
Há ainda a versão restaurada de "1900" (1976), de Bernardo Bertolucci, sob a supervisão de Vittorio Storato, diretor de fotografia de produções como "Apocalypse Now" e "O Último Tango em Paris".
Para os que lamentaram que a nova cópia de "A Doce Vida", de Federico Fellini, tenham sido exibida apenas no primeiro fim de semana do evento, uma consolação.
No domingo, às 20h, será exibido "Amarcord" (1973), de Federico Fellini, na área externa do Auditório Ibirapuera. A sessão, gratuita, faz parte das homenagens ao centenário do compositor Nino Rota (1911-1979).


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