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POLÍTICA CULTURAL
Sodré assume a Biblioteca Nacional no Rio
DA SUCURSAL DO RIO
Cuidar do acervo da Biblioteca
Nacional é a primeira tarefa do
novo presidente da instituição,
Muniz Sodré, que tomou posse
ontem, no Rio de Janeiro. Segundo o ministro da Cultura, Gilberto
Gil, é preciso haver "melhoria da
segurança" para que "acontecimentos recentes não se repitam".
Gil se referia ao furto de 949 peças, sendo 751 fotos históricas. A
grande maioria sumiu quando os
servidores estavam em greve, entre abril e julho deste ano.
"Vamos assegurar a normalidade institucional da fundação [Biblioteca Nacional]", afirmou Sodré, que chamou de "inaceitável"
a dilapidação do acervo.
"A Biblioteca Nacional não é
propriedade privada, é patrimônio público, a ser julgada pela sua
serventia pública", discursou ele.
Professor de comunicação da
UFRJ (Universidade Federal do
Rio de Janeiro), autor de 26 livros,
Muniz Sodré, 63, foi saudado em
discurso de Eduardo Portella, que
presidiu a biblioteca no governo
Fernando Henrique Cardoso e foi
sucedido pelo colecionador Pedro Corrêa do Lago. "[O ministro] devolveu a biblioteca à sua
tradição de sempre ter um grande
intelectual à frente. Muniz é um
homem do livro. Não apenas por
fora, pela lombada, mas por dentro, como um drogado, um viciado em livros", exaltou Portella.
Em seu discurso, Sodré prometeu cumprir a meta do Ministério
da Cultura de implantar de 400 a
500 bibliotecas no país em 2006 e
disse que vai lutar pelo barateamento do livro, o que já seria possível por causa da redução da carga tributária das editoras.
"Hoje, quando eu for comprar o
"Harry Potter [e o Enigma do
Príncipe]" para a [minha filha]
Gabriela, espero que esteja mais
barato do que o anterior", disse,
olhando para Paulo Rocco, que
edita a série.
O ministério também anunciou
ontem concurso para contratar
215 servidores, sendo 84 para a Biblioteca Nacional.
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