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Heróis da audiência
Sensação nos EUA, série "Heroes" estréia no Brasil até março de 2007; Record comprou direitos para TV aberta
LÚCIO RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Liderado por uma loirinha
chefe de torcida cuja vida representa o futuro da humanidade e por um japonês nerd que
consegue parar o tempo fazendo caretas, o novo seriado "Heroes" é a sensação da TV americana e larga na frente na corrida dos estúdios para revelar o
"novo "Lost'".
Com o mantra "Save the
cheerleader, save the world" já
percorrendo o universo pop,
"Heroes" estreou no último dia
25 de setembro trazendo a história de pessoas normais que de
repente vão descobrindo que
têm superpoderes.
Quem de cara mostrou superpoderes foi a série. Sua estréia atraiu 14,1 milhões de telespectadores e aumentou em
48% a audiência da NBC em relação à média da temporada anterior no mesmo horário, além
de garantir os melhores números de um drama estreante da
emissora em cinco anos.
"Heroes" é a série nova mais
vista no segmento favorito dos
anunciantes (18-49 anos) e não
faz feio entre as veteranas. Com
apenas dois meses, já é o sexto
favorito entre os adultos, perdendo apenas para pesos-pesados como "CSI", "Desperate
Housewives", "Lost" e o futebol
americano de domingo.
"Heroes" dá pinta de ir longe:
sua audiência já ganhou mais
um milhão de telespectadores
desde a estréia, e o canal garantiu a encomenda da temporada
completa. Foi o primeiro programa da nova temporada a
conseguir o feito.
A série está salvando o orçamento de 2006 da Universal
Studios. Única grande corporação de entretenimento que não
tinha um seriado de sucesso, a
Universal ficou tão empolgada
que está voltando a maior parte
de seu orçamento para seriados
de TV, apertando o cinto com
cinema e música.
Mistura de "X-Men" com
"Arquivo X" e "The OC", "Heroes" mistura ação, mistério,
aventura, drama teen, quadrinhos e ficção científica -tudo
num só show. E está fazendo
seus atores virarem estrelas
instantâneas. "O seriado não
mudou muito minha vida cotidiana. Eu ainda caminho tranqüilamente pelas ruas, vou a
restaurantes, lanchonetes e tudo continua o mesmo", disse à
Folha Milo Ventimiglia, o ator
relativamente mais conhecido
de "Heroes", que participou de
"Gilmore Girls".
"Mas não se esqueça de que
você mora em Los Angeles, e
todos são blasé quando vêem as
estrelas na rua. No máximo eles
dão uma piscadinha e dizem
"bom trabalho", se o reconhecem", diz Adrian Pasdar.
Pré-hit
Ventimiglia e Pasdar, os irmãos de "Heroes" que levam
vidas ordinárias em Manhattan
e se descobrem com poderes de
voar, concederam no começo
do mês duas horas de teleconferência para a imprensa americana, da qual a Folha participou (leia mais ao lado).
"Heroes" não é um hit instantâneo. É o que se pode chamar de pré-hit -já era sucesso
antes de chegar à TV. O episódio piloto caiu na rede bem antes da estréia na NBC e já garantiu a formação de fãs. Entrou na lista dos melhores programas da temporada dos críticos. O boca-a-boca fez o resto:
quando chegou a vez de debutar no horário nobre, "Heroes"
já estava preparada para arrebanhar o público.
No Brasil, a série deve estrear entre fevereiro e março,
na TV paga (Universal). A Record já garantiu os direitos de
exibição da série na TV aberta.
Mas, seja onde for, a história
não vai pegar todos os brasileiros de surpresa. No comércio
paulista de DVDs piratas, montados a partir de downloads da
internet (com legendas em
português), "Heroes" já é consumido em alta velocidade. Sai
mais do que DVDs de outros
seriados. "Heroes", no Brasil,
também já é pré-hit.
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