UOL


São Paulo, sexta-feira, 26 de dezembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ERIKA PALOMINO

PREMIADOS DE 2003 FERVEM COM A NOITE ILUSTRADA

Entregamos na última sexta-feira os prêmios dos Melhores da Noite Ilustrada. Treze personalidades viraram hors-concours, por terem ganhado três ou mais prêmios nos 11 anos de existência da votação dos leitores desta coluna, abrindo espaço para a consagração de novos nomes.
A iniciativa foi valorizada por praticamente todos os envolvidos -é verdade que Rica Amaral reclamou. Cacá Ribeiro, hors concours como produtor, aproveitou para chochar: "Ao menos, neste ano, é um troféu mesmo", disse, referindo-se a troféus anteriores -vibradores, brinquedos, robôs, luminárias...
Renato Cohen, hors concours como produtor e DJ, observou em seu discurso que todo o sucesso visto recentemente parecia algo impensável, mas agora real. E disse também que ao viajar o mundo se apresentando, descobriu que não há lugar como o Brasil.
Mau Mau, que ganhou o prêmio de hors-concours e também o troféu Respect, este escolhido por esta colunista, observou que o prêmio serviu de incentivo para ele, no início da carreira, e que sabe como é importante para os jovens ganhar.
Quem foi muito aplaudido foi Renato Lopes, tricampeão na premiação como Melhor DJ. Também foi ovacionada a hostess Adriana Recchi, linda, num corselet preto, festejando também a vitória de Japa, que admitiu: "Eu queria muito ganhar esse prêmio!".

na noite ilustrada...
Hoje na Technova, no Lov.e, tocam os residents Mau Mau e Daniel U.M. mais a promoter da noite Eli Iwasa; ainda no clube, no sábado, tocam Grace Kelly Dum, Murphy e Snoop na noite Combustível, seguidos de Phillip Braunstein e Doctor no after-hours. No Ano Novo tem o Réveillon de Los Angeles, no Supper Club (r. Brigadeiro Galvão, 871, Barra Funda) com live act do Waterfront House mais os DJs Ricardo Diaz e Flavia Carrara. No Level, tem festa com a top hostess Ana Gelinskas, que vai cantar hits como "Like a Prayer", da Madonna, seguido do clássico show das drags Raphaella, Veronika, Talleessa e Divina Núbia. No Rio, tem festa no dia 28 a bordo de um barco na baía de Guanabara com os DJs Jonas Rocha, Luke Solomon e Renato Ratier. No dia 31 tem noite tecno da Circuito com Smartbiz no Clube de Regatas Boqueirão do Passeio com Terence Fixmer a alemã Miss Yetti, Maurício Lopes, K-Milla, Schild e Spark. Inf.: 0/xx/21/2543-4915

ROCK E HOUSE SE CONSAGRAM NO ANO
O prêmio deste ano marcou a consolidação do rock e da house em São Paulo. Foram premiados o DJ da noite de rock de segunda no D-Edge, João Gordo ("Eu nem sou DJ", disse, em bom estilo punk), e suas duas promoters, Vivi e Larissa -que até cantou um pedaço de "I Love Rock and Roll" na hora de receber o troféu. Já a Vivi -que ganhou até corinho- chamou sua filha, Vitória, a quem agradeceu pela paciência de estar muitas vezes ausente em casa, num dos momentos mais doces e emocionantes. Do outro lado, pela primeira vez uma noite de house venceu como Melhor Noite Fixa, a Freak Chic de sexta, no novo clube da Barra Funda. Do mesmo modo, Luiz Pareto foi superaplaudido quando recebeu seu primeiro troféu como Melhor DJ de house. André Barcinski, estreando na categoria Melhor Núcleo de Rave com a Circuito, disse que dividia o prêmio com todos os concorrentes. Vitor Lima, Melhor DJ de trance, homenageou Rica e Dimitri, enquanto a revelação, Philip A., dedicou o prêmio a Vitor Lima, que diz ser seu grande incentivador. Célio Fernandes agradeceu pelo prêmio de Melhor Atração Internacional por Carl Cox, confirmando Tiesto para fevereiro, no Heineken Thirst. César Semensato recebeu pelo hors-concours do Lov.e, e Caio Gobbi pela top drag Veronika, que, hors concours neste ano, abriu espaço para o primeiro prêmio de Léia Bastos, queridíssimo personagem da noite de SP -que fez a maior bagunça, divertindo todo mundo. Bianca Exótica encerrou a noite, emocionada, vencendo como Personalidade da Noite pela primeira vez e agradecendo, com sua voz absurda. Depois, muitos vencedores foram para o Pix, onde tocava o Mau Mau. Todos comemoravam, orgulhosos, com suas medalhas no peito.

VEJA O QUE MARCOU MESMO 2003
Este 2003 foi o ano em que reinou a diversidade na noite de São Paulo. Pencas de noites, pencas de clubes, pencas de frequentadores. Quem mostrou trabalho de qualidade teve público. Do underground ao mainstream, parece que nunca se saiu tanto à noite na cidade -e faz tempo que a noite não está tão boa.
Alguém falou isso na premiação, e é verdade. "O importante é que as pessoas se unam; unidos somos mais fortes", disse Gaía Passarelli, da Associação dos Amigos da Música Eletrônica, que levou o prêmio especial Noite Ilustrada, relacionado a iniciativas que valorizam a cena noturna.
Mais fortes, fazemos festas mais legais, mais profissionais, atendendo melhor a um público crescente e cada vez mais especializado. O rock, o electro, o pop e uma certa dose de nonsense marcaram 2003 na noite de São Paulo.
E quer saber o que mais marcou o ano? White Stripes, com "Seven Nation Army", que tocou em pistas de todos os gêneros musicais. Benny Benassi e sua saudável bobagem "Satisfacion". A outra besteira chamada "Bucci Bag", hit de FM e também de todos os tops internacionais do Tim Festival. E ainda Rapture ("House of Jealous Lovers" é inesquecível, não?), DFA e Strokes (eu amei o disco novo), Tiga ("Burning Down"), e Beyoncé, com "Crazy in Love".

Texto Anterior: Procurando Nemo
Próximo Texto: Cinema: "Enfoque Independente" visita Jim Jarmusch
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.