São Paulo, terça-feira, 27 de janeiro de 2009

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Crítica

Obra-prima mostra Orson Welles maduro

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O Telecine Cult não informa se hoje vai passar a versão original de "A Marca da Maldade" (às 19h55; não recomendado para menores de 12 anos) ou a versão que obedece à montagem que Orson Welles queria para o filme.
Não faz tanta diferença assim: de todo modo, trata-se de um grande filme, possivelmente a obra-prima de Welles, aqui em plena maturidade, e as invenções que introduzira desde "Cidadão Kane" já estão consolidadas.
No entanto, lá está a tensão entre a verdade e a mentira, entre o real e o fictício, entre a "verdade" que o inspetor Quinlan (Welles) adapta e a que o diligente Vargas (Charlton Heston) procura.
Para quem não gosta de Heston por causa de seu engajamento pela posse de armas, a notícia é que a ele devemos, em todo caso, o fato de Orson Welles -um maldito para os produtores americanos- ter dirigido este filme, onde, aliás, Marlene Dietrich comparece por alguns poucos e deslumbrantes minutos.


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