São Paulo, quinta-feira, 27 de maio de 2010

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CRÍTICA TERROR

"Carrie" ilustra o doloroso mundo das maldades adolescentes

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Parece não haver aspecto da crueldade adolescente a que "Carrie, a Estranha" (TCM, 22h, 18 anos) se mostre indiferente. Se há, não importa: a intensidade das maldades de que ela é vítima bastam. Só um outro mundo para resolvê-las.
Ao mesmo tempo, é uma sociedade específica, a americana, a que Brian de Palma se refere.
Nela se alternam, sem parecer se encontrar, a mania religiosa (representada pela mãe) e o culto ao sucesso.
O filme começa com sangue, o sangue menstrual de Carrie. O que fazer? Carrie não sabe. Só pode significar morte. Talvez ela não esteja errada: é a entrada no mundo do sangue.
O filme, magistral, é uma dolorosa ilustração do seu caminho à compreensão.


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