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CRÍTICA TERROR
"Carrie" ilustra o doloroso mundo das maldades adolescentes
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Parece não haver aspecto
da crueldade adolescente a
que "Carrie, a Estranha"
(TCM, 22h, 18 anos) se mostre
indiferente. Se há, não importa: a intensidade das maldades de que ela é vítima
bastam. Só um outro mundo
para resolvê-las.
Ao mesmo tempo, é uma
sociedade específica, a americana, a que Brian de Palma
se refere.
Nela se alternam, sem parecer se encontrar, a mania
religiosa (representada pela
mãe) e o culto ao sucesso.
O filme começa com sangue, o sangue menstrual de
Carrie. O que fazer? Carrie
não sabe. Só pode significar
morte. Talvez ela não esteja
errada: é a entrada no mundo do sangue.
O filme, magistral, é uma
dolorosa ilustração do seu
caminho à compreensão.
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