São Paulo, sexta-feira, 27 de maio de 2011

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"São tempos inclassificáveis", afirma o crítico Fredric Jameson

Palestra abriu projeto Fronteiras do Pensamento em São Paulo

DE SÃO PAULO

O crítico cultural Fredric Jameson abriu, na noite de quarta-feira, a etapa paulistana do projeto Fronteiras do Pensamento.
Durante uma hora, leu o texto "A Estética da Singularidade" para 950 pessoas, que pagaram até R$ 1.960 para vê-lo na Sala São Paulo (o valor inclui outras sete palestras, que ocorrerão até o fim do ano).
Sugeriu que vivemos em tempos inclassificáveis, em que conceitos não podem ser aplicados a grupos, mas a eventos específicos.
Exemplificou: "A cozinha molecular de [chef catalão] Ferran Adrià não é feita de objetos naturais. O aspargo foi retirado de sua forma original e reencarnado em outra. Não se pode classificá-lo." Em seguida, comparou: "A ideia se aplica na economia. É impossível teorizar o mercado de derivativos."
Sobre arte, reclamou de jovens que preferem se inspirar em ideias do filósofo Jean Baudrillard, do que em traços do pintor Pablo Picasso.
"Arte não é mais um objeto, é um evento", disse.


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