São Paulo, quarta, 27 de maio de 1998

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Minissérie estréia com mistérios sobre a verdadeira Hilda Furacão

Washington Alves/Folha Imagem
Ana Paula Arósio em cena da série "Hilda Furacão"


da Sucursal do Rio

A autora Glória Perez, que adaptou o livro de memórias "Hilda Furacão", do escritor mineiro Roberto Drummond, para a minissérie homônima, que estréia hoje na Globo, disse que vai contar a história de uma mulher misteriosa.
"Fiz um trabalho diferente do que normalmente se faz em dramaturgia. Ao invés de revelar a personagem no decorrer da trama, criei mais razões para o público ter dúvidas sobre qual foi a verdadeira motivação que levou Hilda a tomar atitude tão drástica".
A personagem central da minissérie, Hilda Muller, vivida por Ana Paula Arósio, escandalizou a sociedade mineira, do início dos anos 60, quando abandonou tudo, no dia do seu casamento, e foi viver na zona boêmia de Belo Horizonte (MG).
Mas, segundo Glória Perez, os mistérios sobre Hilda não vão ficar apenas na especulação que o público vai fazer sobre a motivação que levou a personagem a se tornar uma prostituta.
"Ao longo da minissérie não será surpresa se a verdadeira Hilda aparecer. Sabemos que ela está viva e tem dado vários sinais. É claro que vão aparecer várias pessoas dizendo ser ela, mas é questão de checar, até porque ela era bastante conhecida em Belo Horizonte", disse a autora.
Na segunda-feira, quando chegou ao Rio, para o coquetel de lançamento da minissérie, Drummond encontrou na portaria do hotel em que ficou hospedado um recado para ligar para "uma moça que se identificou como Ava ou Eva (não se lembra) e que disse ser filha de Hilda".
"Mesmo sabendo que poderia não ser, não hesitei em ligar. Ela tinha um forte sotaque espanhol e marcou um encontro no Copacabana Palace. Não apareceu. Mesmo assim, ainda não perdi a esperança de um dia saber notícias sobre Hilda", contou o escritor.
O publicitário mineiro Luiz Carlos Alves, que foi à festa de lançamento da minissérie, "por outros motivos", acabou se transformando em centro das atenções. Ele garante ter encontrado Hilda no México, em 1972.
"Ela estava vivendo com o jogador de futebol Paulinho Valentin (já morto). Estavam numa situação bastante precária e tentamos ajudá-los, eu e integrantes de uma comissão do time Atlético Mineiro, da qual fazia parte. Mas acabamos perdendo contato e nunca mais ouvi falar deles", contou Alves.



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