|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SOMBRA E ROCK FRESCO
Tradicionais festivais de inverno já duram três décadas com música, teatro e artes plásticas
Brasil privilegia o banquinho e o cachecol
DA REPORTAGEM LOCAL
E quem não tem Roskilde, caça
com Garanhuns... Ouro Preto,
Londrina, Campos do Jordão...
Nem tão quente quanto o verão
europeu, o mês de julho reserva
por aqui um sem número de
shows, exposições e peças de teatro distribuídas por alguns dos
festivais mais tradicionais do país.
Mais antigo deles, o 35º Festival
de Inverno de Ouro Preto, que começa no próximo dia 5, ainda não
definiu toda a sua programação
de shows. O evento multicultural,
que um dia teve Skank, neste ano
homenageia seus idealizadores e
oferece destaque para uma série
de oficinas gratuitas com profissionais de cinema (Helvécio Raton), teatro (Jonas Bloch), fotografia (Cao Guimarães), entre outros. Os famosos shows de MPB e jazz da praça Tiradentes acontecerão durante toda a semana
-com exceção das segundas-feiras- sempre ao cair da tarde.
O clima banquinho e cachecol
também volta a Campos do Jordão, que inaugura no mesmo dia
5 o seu 34º Festival de Inverno.
Com predominância da música
erudita, o evento recebe nomes
estrangeiros importantes, como a
violoncelista russa Tatjana Vassiljeva, o trompetista Fred Mills e os
pianistas Assaff Weismann e
Martin Stadtfeld. A principal novidade desta edição -que também se destaca por suas oficinas e bolsas- são os eventos infantis:
"Lobato Musical", com a Orquestra Sinfônica Jovem Maestro Eleazar de Carvalho, "Cartoons", com a Banda Sinfônica Jovem, "O Pequeno Príncipe", com a Orquestra Sinfônica Jovem do CDMCC e "Canções para Dançar", do grupo
Palavra Cantada.
Outro evento de porte, o 23º
Festival de Inverno de Garanhuns
começa no dia 10 de julho e desfila
uma boa lista de nomes da MPB e
da música pop nacional. Com
abertura de Naná Vasconcelos,
Airto Moreira e Flora Purim, o
festival estende-se até o dia 19
com shows de Jorge Aragão, Fafá
de Belém, RPM, Los Hermanos,
Stela Campos, Cabruêra, Fernanda Porto, entre outros. Apesar dos
nomes "importados", o evento
pernambucano promete uma série de apresentações de sua cultura regional, com grupos de coco,
maracatu, ciranda e afoxé.
Já o inverno paranaense ganha
o reforço do 23º Festival de Música de Londrina, com shows de
Zimbo Trio, Quintessência e
Quinteto Villa-Lobos. Dentre os
63 cursos espalhados pela cidade
e pela Universidade Estadual de
Londrina, destacam-se a oficina
de acordeon com Toninho Ferragutti, de viola caipira com Roberto Corrêa e a de bateria de escola de samba com Wilson das Neves.
O musical "Gota d'Água" e o
workshop "A Cultura Hip Hop na
Televisão", com o grupo de hip
hop da TVE do Rio Grande do
Sul, engrossam a lista de atrações
do evento.
Relativamente bem mais novos,
mas não menos interessantes são
os festivais de Bragança Paulista e
do Rio de Janeiro. No primeiro,
realizado em uma fazenda no interior de São Paulo, o destaque
são as artes plásticas. Entre os nomes convidados pela organização
estão Paulo Pasta, Carlos Fajardo
e os irmãos Campana, todos ministrando cursos de um dia durante o festival. No teatro, o evento conta com oficinas de Zé Celso
Martinez Corrêa e Bete Coelho.
A música volta a ganhar destaque com o 2º Festival de Inverno
do Rio de Janeiro. Promovido pelo Sesc, acontece em três cidades,
Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis, e reúne artistas como Lulu Santos, Milton Nascimento, Gabriel O Pensador, Jorge Vercilo, Zélia Duncan, entre outros.
Texto Anterior: Roskilde escala Skank no palco principal Próximo Texto: Mônica Bergamo Índice
|