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São Paulo, sexta-feira, 27 de junho de 2003

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SOMBRA E ROCK FRESCO

Tradicionais festivais de inverno já duram três décadas com música, teatro e artes plásticas

Brasil privilegia o banquinho e o cachecol

DA REPORTAGEM LOCAL

E quem não tem Roskilde, caça com Garanhuns... Ouro Preto, Londrina, Campos do Jordão... Nem tão quente quanto o verão europeu, o mês de julho reserva por aqui um sem número de shows, exposições e peças de teatro distribuídas por alguns dos festivais mais tradicionais do país.
Mais antigo deles, o 35º Festival de Inverno de Ouro Preto, que começa no próximo dia 5, ainda não definiu toda a sua programação de shows. O evento multicultural, que um dia teve Skank, neste ano homenageia seus idealizadores e oferece destaque para uma série de oficinas gratuitas com profissionais de cinema (Helvécio Raton), teatro (Jonas Bloch), fotografia (Cao Guimarães), entre outros. Os famosos shows de MPB e jazz da praça Tiradentes acontecerão durante toda a semana -com exceção das segundas-feiras- sempre ao cair da tarde.
O clima banquinho e cachecol também volta a Campos do Jordão, que inaugura no mesmo dia 5 o seu 34º Festival de Inverno. Com predominância da música erudita, o evento recebe nomes estrangeiros importantes, como a violoncelista russa Tatjana Vassiljeva, o trompetista Fred Mills e os pianistas Assaff Weismann e Martin Stadtfeld. A principal novidade desta edição -que também se destaca por suas oficinas e bolsas- são os eventos infantis: "Lobato Musical", com a Orquestra Sinfônica Jovem Maestro Eleazar de Carvalho, "Cartoons", com a Banda Sinfônica Jovem, "O Pequeno Príncipe", com a Orquestra Sinfônica Jovem do CDMCC e "Canções para Dançar", do grupo Palavra Cantada.
Outro evento de porte, o 23º Festival de Inverno de Garanhuns começa no dia 10 de julho e desfila uma boa lista de nomes da MPB e da música pop nacional. Com abertura de Naná Vasconcelos, Airto Moreira e Flora Purim, o festival estende-se até o dia 19 com shows de Jorge Aragão, Fafá de Belém, RPM, Los Hermanos, Stela Campos, Cabruêra, Fernanda Porto, entre outros. Apesar dos nomes "importados", o evento pernambucano promete uma série de apresentações de sua cultura regional, com grupos de coco, maracatu, ciranda e afoxé.
Já o inverno paranaense ganha o reforço do 23º Festival de Música de Londrina, com shows de Zimbo Trio, Quintessência e Quinteto Villa-Lobos. Dentre os 63 cursos espalhados pela cidade e pela Universidade Estadual de Londrina, destacam-se a oficina de acordeon com Toninho Ferragutti, de viola caipira com Roberto Corrêa e a de bateria de escola de samba com Wilson das Neves. O musical "Gota d'Água" e o workshop "A Cultura Hip Hop na Televisão", com o grupo de hip hop da TVE do Rio Grande do Sul, engrossam a lista de atrações do evento.
Relativamente bem mais novos, mas não menos interessantes são os festivais de Bragança Paulista e do Rio de Janeiro. No primeiro, realizado em uma fazenda no interior de São Paulo, o destaque são as artes plásticas. Entre os nomes convidados pela organização estão Paulo Pasta, Carlos Fajardo e os irmãos Campana, todos ministrando cursos de um dia durante o festival. No teatro, o evento conta com oficinas de Zé Celso Martinez Corrêa e Bete Coelho.
A música volta a ganhar destaque com o 2º Festival de Inverno do Rio de Janeiro. Promovido pelo Sesc, acontece em três cidades, Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis, e reúne artistas como Lulu Santos, Milton Nascimento, Gabriel O Pensador, Jorge Vercilo, Zélia Duncan, entre outros.


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