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ANIMAÇÃO
"Os Simpsons" buscam romper estagnação
BRUNO YUTAKA SAITO
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando uma revolução pautada pela anarquia completa 16
anos e é absorvida e integrada pelo status quo, ela começa a ter
mais rimas com a tradição. "Os
Simpsons", a mais longeva série
da TV americana, prestes a entrar
em sua 17ª temporada, tenta superar o desafio de não cair na mera redundância e mostrar que seu
poder de corte permanece afiado.
Os telespectadores brasileiros
poderão conferir hoje se a empreitada está sendo bem-sucedida. O canal Fox faz uma prévia da
mais recente temporada, com a
exibição do primeiro episódio
dessa safra; os demais serão exibidos a partir de 10/7.
O grande encanto e rebuliço
causado pela série durante esses
anos vêm de sua capacidade de tecer comentários cáusticos à sociedade norte-americana na figura
abobalhada do (anti)herói Homer Simpson, entre outros. Já há
algumas temporadas, outros enfoques são dados, como dramas
pessoais ou situações absurdas.
O episódio de hoje, "Treehouse
of Horror XV", segue essa linha.
Dividido em três partes, coloca os
personagens de Springfield em
roteiros já clássicos da literatura/
cinema. O segmento "Ned Zone",
por exemplo, coloca o personagem no papel interpretado no cinema por Christopher Walken
em "A Hora da Zona Morta", em
que previa o futuro, adaptação de
livro de Stephen King, enquanto
"In the Belly of the Boss" recria
"Viagem Fantástica" -este beira
o surrealismo: a família Simpsons
é miniaturizada e injetada dentro
do Senhor Burns; Homer voltará
ao seu tamanho normal ainda
dentro do personagem...
É também nesta temporada que
entra o polêmico episódio "There's Something about Marrying"
-o canal ainda não tem a data
exata da exibição, mas caso não
haja atrasos, passa no dia 4/9.
Nele, casais gays invadem
Springfield após Homer tornar-se
juiz e promover casamentos entre
pessoas do mesmo sexo; no mesmo episódio, Patty, irmã de Marge, irá se revelar lésbica.
Os Simpsons
Quando: hoje, às 24h, na Fox
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