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POLÍTICA CULTURAL
Artistas criticam alterações no Programa de Fomento ao Teatro
VALMIR SANTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Artistas e produtores, de
um lado, e Secretaria Municipal da Cultura, de outro,
enfrentam-se por conta do
11ª edital do Programa de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo. A Cooperativa Paulista, que representa
mais de 90% dos grupos, pede alterações na lei assinadas
em maio pelo secretário Carlos Augusto Calil, sobretudo
quanto à obrigatoriedade de
prestação de contas dos selecionados.
"Qual o problema em prestar contas? Tenho certeza de
que a cooperativa é idônea",
diz Calil. Ele afirma que é determinação da Constituição
Federal e da Lei Orgânica do
Município. Até então a Lei de
Fomento pedia a justificação
de despesas por meio de relatório de atividades e de processo de espetáculo. Segundo a cooperativa, as novas
exigências tornarão o processo mais burocrático.
Calil admite erros apontados no edital lançado, como o
do valor máximo que poderá
ser concedido a cada projeto
(até R$ 577 mil, e não R$ 543
mil). Para corrigi-los, prorrogou o prazo de inscrições por
um mês, até 23/7, mas resiste em voltar atrás quanto à
prestação de contas.
Na manhã de anteontem,
cerca de 200 artistas se manifestaram em frente à sede
da secretaria, na Galeria Olido. Ney Piacentini, presidente da cooperativa, entregou a
Calil carta em que relata insatisfação com "equívocos" e
"abusos".
Piacentini afirma que a lei,
implantada há cinco anos, é
auto-regulamentada e que
nem os artistas, nem o Legislativo, teriam sido chamados
para discutir as mudanças.
Nova reunião do secretário com artistas e produtores
está prevista para hoje à tarde na SMC. O programa de
fomento apóia a manutenção e criação de trabalho
continuado de pesquisa e
produção teatral. São dois
editais por ano, uma composição de verba de cerca de R$
9 milhões.
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