São Paulo, quinta-feira, 27 de julho de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Comentário

Critérios são diferentes no mundo da arte

MARCOS AUGUSTO GONÇALVES
EDITOR DA ILUSTRADA

A passagem do muro da rua para a parede da galeria não é novidade, como também não são novas as questões que envolvem essa transição. No território da arte visual urbana, os códigos não são os mesmos do circuito de arte. Obras à mostra numa galeria estabelecida de arte contemporânea se expõem necessariamente a um confronto com a história e com critérios de consagração específicos -mesmo que elas tenham sido produzidas com a intenção de ignorá-los ou contestá-los.
O hype dos Gêmeos, em meio ao renovado interesse pelo grafite, encerra uma aposta num trabalho que poderia transcender o universo ilustrativo urbano e adquirir valor aos olhos de colecionadores -gente disposta a pagar R$ 41 mil para ter, em telas, os artistas famosos em muros. O interesse comercial, ao que se vê, existe -mas ele não é suficiente para estabelecer se a produção dos Gêmeos conseguirá ultrapassar o plano da curiosidade e do caráter decorativo.


Texto Anterior: Estranhos no ninho
Próximo Texto: Mônica Bergamo
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.