São Paulo, quarta-feira, 27 de agosto de 2008

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Televisão/Crítica

Diretor extrai dramaticidade de Barrabás

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Como o TCM continua em sua jornada mística de agosto, hoje é dia do "Barrabás" (17h10; classificação indicativa não informada) de Richard Fleischer.
Barrabás é o ladrão que o povo poupou da morte, preferindo indultá-lo e mandando Jesus Cristo para a crucificação. Foi por conta disso, aliás, que surgiu a expressão "entrar nessa como Pilatos no Credo". Quer dizer: Pilatos fez o melhor que pôde para salvar Jesus e ainda entrou para a história como o vilão da coisa toda.
Aqui ficaremos sabendo que Barrabás talvez preferisse ele ir à cruz, tais e tantas são as culpas que o assolam, pois sabe que um (ou melhor: o) inocente pagou pelos seus pecados.
Trata-se de um personagem fascinante, não há dúvida, seja porque todos nós temos um quê de Barrabás (somos os pecadores por cuja salvação o Cristo se sacrifica), seja porque Richard Fleischer, que era um ótimo diretor, sabe extrair a dramaticidade do destino singular (isto é: daquilo que tem de singular) desse homem.


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