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Cobrança de impostos foi o estopim da revolta
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
A Revolução Farroupilha, que
se estendeu de 1835 a 1845, foi um
grito gaúcho contra a monarquia
e reivindicou maior justiça federativa no Brasil.
O estopim da revolta comandada por Bento Gonçalves da Silva
foi a cobrança de impostos sobre
a venda de gado, couro, charque e
trigo, situação que era agravada
pelos pesados tributos para a terra
e a importação de sal.
Ou seja, além de terem um custo
alto para a exportação de seus
produtos, os gaúchos sofriam
também com os altos custos para
o cultivo e com o encarecimento
do sal, o insumo básico para o
charque (carne seca e salgada).
Quando se iniciou a revolução
(20 de setembro de 1835), com a
invasão de Porto Alegre, a Província de São Pedro do Rio Grande
do Sul tinha 160 mil habitantes
(para um total de 7 milhões de
brasileiros), dos quais 6% eram
imigrantes alemães, ingleses,
franceses e italianos; 12% eram indígenas; e 30% eram negros.
Os negros lutaram sob promessa de alforria. Quando se encerrou a guerra, em 1945, 179 mil pessoas habitavam a província.
Os farrapos receberam esse nome por não disporem de uniformes e equipamentos militares.
Em um primeiro momento, era
um epíteto pejorativo que, mais
adiante, foi assumido com orgulho pelos revoltosos.
Com a Revolução Farroupilha
foi fundada a República Rio-Grandense, que seria autônoma
em relação ao resto do país.
(LG)
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