São Paulo, quarta-feira, 27 de setembro de 2000

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Cobrança de impostos foi o estopim da revolta

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

A Revolução Farroupilha, que se estendeu de 1835 a 1845, foi um grito gaúcho contra a monarquia e reivindicou maior justiça federativa no Brasil.
O estopim da revolta comandada por Bento Gonçalves da Silva foi a cobrança de impostos sobre a venda de gado, couro, charque e trigo, situação que era agravada pelos pesados tributos para a terra e a importação de sal.
Ou seja, além de terem um custo alto para a exportação de seus produtos, os gaúchos sofriam também com os altos custos para o cultivo e com o encarecimento do sal, o insumo básico para o charque (carne seca e salgada).
Quando se iniciou a revolução (20 de setembro de 1835), com a invasão de Porto Alegre, a Província de São Pedro do Rio Grande do Sul tinha 160 mil habitantes (para um total de 7 milhões de brasileiros), dos quais 6% eram imigrantes alemães, ingleses, franceses e italianos; 12% eram indígenas; e 30% eram negros.
Os negros lutaram sob promessa de alforria. Quando se encerrou a guerra, em 1945, 179 mil pessoas habitavam a província.
Os farrapos receberam esse nome por não disporem de uniformes e equipamentos militares. Em um primeiro momento, era um epíteto pejorativo que, mais adiante, foi assumido com orgulho pelos revoltosos.
Com a Revolução Farroupilha foi fundada a República Rio-Grandense, que seria autônoma em relação ao resto do país.
(LG)



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