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ERUDITO
Com "Tico-Tico no Fubá", maestro Zubin Mehta empolga público
Filarmônica de Munique reuniu público de 8.000 no Ibirapuera
AMANDA QUEIRÓS
DE SÃO PAULO
A chuva que caiu na manhã de ontem tinha tudo para estragar o concerto gratuito que a Filarmônica de Munique faria ao ar livre no parque Ibirapuera.
No entanto, o céu resolveu
dar trégua meia hora antes
da apresentação. Pontualmente às 11h, o maestro indiano Zubin Mehta puxou os
primeiros acordes dos músicos alemães.
O público, então ralo, começou a se adensar ao longo
da apresentação. Ainda assim, o mau tempo parece ter
espantado as pessoas.
Segundo dados da assessoria de imprensa do Mozarteum, organizadora do evento, a área externa do Auditório, com capacidade para 15
mil espectadores, reuniu
aproximadamente 8.000.
"Ainda assim, foi um público bem quente. Deu para
ver que era de gente que gosta mesmo de música clássica", disse o paisagista José
Favero Jr, 45, que conferiu o
concerto com a filha, a estudante Bheatrix, 18.
O programa reuniu uma
série de composições de Johann Strauss 2º, entre valsas
e polcas. A violinista japonesa Mayuko Kamio, solista da
matinê, arrancou aplausos
demorados com sua interpretação do "Concerto para Violino nº 1, op. 26 Finale: Allegro Energico", de Bruch, e
com a "Fantasia de Carmen",
de Pablo de Sarasate.
O fim da apresentação foi
marcada pela "Abertura
1812", de Tchaikovski, com a
participação de integrantes
da Sinfônica de Heliópolis,
que se prepara para viajar à
Alemanha. No bis, uma interpretação de "Tico-Tico no Fubá" pôs o público para dançar no gramado.
A estudante Raíssa Feher,
20, saiu cedo de Santo André
para chegar a tempo da récita. "Chorei ao ver os meninos
de Heliópolis ali no meio. Estudei viola no Projeto Guri,
então foi muito emocionante
vê-los do lado de uma grande
orquestra", disse.
A modelista aposentada
Ivani Primo, 69, aprovou.
"Com chuva ou sem chuva,
viria de qualquer jeito e não
sairia do lugar", disse. "Agora é só torcer para o [violinista] André Rieu vir também."
Zubin Mehta e a Filarmônica de Munique voltam a se
apresentar hoje e amanhã na
Sala São Paulo, às 21h.
O programa da vez inclui
obras de Mahler, Verdi,
Bruch e Tchaikovski.
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