São Paulo, quinta-feira, 27 de outubro de 2005

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BEBIDA

Moda orgânica chega também às bebidas

RACHEL BOTELHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A onda dos orgânicos já atingiu as bebidas. A inauguração do Empório Siriuba (al. Franca, 1.590, tel. 0/xx/11/3081-4303), em setembro, trouxe mais variedade para o copo de adeptos de bebidas feitas sem adição de substâncias químicas. Desde março, freqüentadores do restaurante Deloonix (r. Bela Cintra, 1.709, tel. 0/xx/11/3085-2071) também podem provar quatro marcas de cachaças orgânicas.
A cachaça, aliás, lidera este segmento. Produzidas com cana-de-açúcar livre de agrotóxicos, as marcas da bebida se espalham por locais como a Casa Santa Luzia -que vende a Ypióca orgânica (R$ 6,20)- e o Empório Santa Maria -onde a Tiquara sai por R$ 32,28.
Na nova loja, além da Tiquara (R$ 40), é possível encontrar a "premium" Terra Vermelha (R$ 74) e a cerveja Eisenbahn (R$ 4,90). Coquetéis e caipirinhas também são preparados com ingredientes orgânicos.
Nas mesas do Deloonix, os clientes encontram outras opções. As cachaças Terra das Almas, Terra Vermelha e Tietê, além da bidestilada Matraga, são servidas puras ou em caipirinhas -como a de manga e capim-santo (de R$ 16 a R$ 20). "Tem muita saída, principalmente pelos estrangeiros, que conhecem e valorizam os orgânicos", diz a sócia Marta Batilany.

Ressalva
O "cachaçólogo" Marcelo Câmara faz um alerta. Para ele, o fato de a lavoura de cana não receber agrotóxicos, defensivos ou estimulantes químicos não garante qualidade à bebida. "Fundamental é ter ciência, fazer arte, aplicar sabedoria, ser generoso em todas as fases da produção", diz.


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