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Debate
"Diálogos Impertinentes" discute "o outro"
DA REPORTAGEM LOCAL
A série "Diálogos Impertinentes", uma parceria da Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo e da Folha, debate na
edição de amanhã "O Outro".
Os convidados da vez são o artista plástico Maurício Dias e a
filósofa, terapeuta e educadora
Regina Favre.
A reflexão parte da idéia de
que, na atualidade, a percepção
do outro passa por mudanças
significativas: aquele (ou aquilo) que nos é alheio se desmaterializou, perdeu substância e
virou mera imagem. No Brasil
-apesar da dita cordialidade
local e da autoproclamada democracia racial- essa reformatação do olhar se deu de maneira especialmente aguda. "Houve um fechamento de chumbo"
em torno do eu, constata a mediadora, Suely Rolnick.
Para Favre, o reconhecimento do outro só se concretiza
quando se deixa de "parasitá-lo, quando se cria autonomia
de movimento" -um feto ou
um bebê, explica a terapeuta,
são parasitas da mãe.
Já segundo Dias, relacionar-se com o outro é parte do "processo de auto-reconhecimento": ele acredita que projetamos em nossos interlocutores
características que reconhecemos em nós.
Também de acordo com o artista plástico, a presença do outro é essencial para que nos
lembremos periodicamente da
nossa não-plenitude.
DIÁLOGOS IMPERTINENTES -
O OUTRO
Quando: amanhã, às 20h
Onde: SescTV
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