São Paulo, terça-feira, 27 de outubro de 2009

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TELEVISÃO

Crítica

Aldrich põe a tolerância à frente da rigidez das regras

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"O Imperador do Norte" (TCM, 15h40, 12 anos) parece feito para responder a tantos que, no Brasil, brandem o latino ditado segundo o qual a lei é dura, mas é a lei, tem que ser cumprida estritamente etc.
Bem, nesse filme de Aldrich não é bem assim. Do lado do infrator está o vagabundo, Lee Marvin, que, por necessidade ou prazer, costuma viajar de graça pelas ferrovias (a saga é do tempo da Depressão).
Do outro lado, está o guarda Borgnine. Em princípio, está lá para cumprir a lei e espantar os clandestinos. Mas é com desenvoltura que ele passa da lei ao sadismo. E é nesse nível que se dará o confronto.
Torcer por Marvin não implica torcer pela impunidade, mas contra a intolerância. Contraprova: "O que Terá Acontecido a Baby Jane?" (TCM, 22h, 12 anos), do mesmo Aldrich, com Bette Davis e Joan Crawford notáveis.


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