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CRÍTICA SUSPENSE
Música ampara sequência memorável de Alfred Hitchcock
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Eis um filme construído todo em torno de uma música:
aquela que, em "O Homem
que Sabia Demais" (TCM,
16h15, 12 anos) se toca no Albert Hall e, durante a qual, o
assassino deve matar um dirigente estrangeiro.
Quem mais, além de
Hitchcock, filmaria tal sequência? Toda a plateia imersa na música, a vítima despreocupada, o músico que
tocará os pratos indiferente
ao drama que só nós e o assassino conhecemos.
Existe, na verdade, uma
outra música, essa popular, a
que Doris Day cantará na embaixada, na esperança de ser
ouvida pelo filho (sequestrado por comunistas).
Essas músicas enunciam
dois modos do conhecimento, popular e erudito. O que
importa é que salvem vidas.
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