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ILUSTRADA
Companhia teria gravado conversas do cantor
Advogado de Michael Jackson quer processar empresa de táxi aéreo
DE NOVA YORK
Mark Geragos, advogado do
cantor Michael Jackson, anunciou que vai entrar com um processo contra a empresa de táxi aéreo XtraJet. Segundo Geragos, a
companhia teria instalado secretamente câmeras e microfones no
avião que levou Jackson, acusado
de molestar sexualmente um menino de 12 anos, e ele de Las Vegas
(Nevada) para Santa Barbara (Califórnia), no último dia 20.
"Fazer gravações de conversas
entre mim e o meu cliente foi [um
ato] ilegal e ultrajante", disse o advogado em uma entrevista coletiva. Geragos disse ainda que o próprio advogado da empresa teria
dito que as gravações seriam "bilhetes de loteria" e que a XtraJet
teria tentado vender o vídeo para
redes de televisão e jornais.
"Isso não é uma loteria. Isso é a
vida de um homem e de sua família", afirmou o advogado. Para
Geragos, o episódio mostra que
todas as acusações contra Jackson
têm motivações financeiras.
"Quem não acredita nisso está vivendo na sua própria Terra do
Nunca", declarou.
Em sua defesa, a companhia de
táxi aéreo afirma que achou os vídeos a bordo por acaso e que não
teria instalado nenhum equipamento de gravação.
Em entrevista à rede de TV
CNN, o também advogado Matthew Geragos, irmão de Mark Geragos, afirmou que, a pedido de
seu irmão, obteve uma medida
cautelar que impede que a XtraJet
divulgue ou faça cópias do conteúdo das gravações.
Atualmente, o FBI detém as fitas
para investigar se a empresa infringiu leis federais. O canal Fox,
que teve acesso às fitas, declarou
que o cantor se mostrava calmo e
sorridente durante o vôo que antecedeu sua rendição à polícia de
Santa Barbara.
(CÍNTIA CARDOSO)
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