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FILMES
TV ABERTA
"True Lies" antevê decadência dos blockbusters
True Lies
Globo, 12h55.
(True Lies). EUA, 1994, 138 min. Direção:
James Cameron. Com Arnold
Schwarzenegger, Jamie Lee Curtis. Harry
(Schwarzenegger) é um agente tão
secreto que nem mesmo sua mulher
(Curtis) sabe em que ele trabalha. Ela
vive em busca de aventuras. E, numa
dessas, passa a flertar com um vendedor
de automóveis que se faz passar por um
agente secreto, justamente. O diretor
James Cameron faz uma espécie de
grande funeral do "blockbuster": como
se antevisse a decadência das aventuras
tão exageradas que não têm mais para
onde ir.
O Corcunda de Notre Dame
SBT, 20h30.
(The Huntchback). EUA, 1997, 98 min.
Direção: Peter Medak. Com Mandy
Patinkin, Salma Hayek, Richard Harris.
Hayek faz a bela cigana Esmeralda, por
quem se apaixonam Frollo (Harris) e, de
modo diferente, Quasimodo (Patinkin), o
corcunda que habita a catedral de Paris.
Versão para TV a cabo do romance de
Victor Hugo.
Resgate sem Limites
Record, 20h30.
(Belly of the Beast). Canadá/Hong Kong,
2003, 90 min. Direção: Siu-Tung Ching.
Com Steven Seagal. Hopper, ex-agente
da CIA, tem a filha raptada na Tailândia,
com a filha de um senador dos EUA. É a
última de muitas que o país asiático já
lhe aprontou. Agora, Hopper retorna lá,
em caráter de urgência, para uma luta
desigual.
Con Air - Rota de Fuga
Globo, 23h40.
(Con Air). EUA, 1997, 115 min. Direção:
Simon West. Com Nicolas Cage. Cameron
Poe (Cage) não é homem de sorte. Foi
preso por matar um homem ao defender
sua mulher, há sete anos. Agora, prestes
a entrar na condicional, pega carona
num avião carregado de criminosos da
pior espécie que querem seqüestrar o
avião.
Sete Anos no Tibet
Bandeirantes, 0h30
(Seven Years in Tibet). EUA, 1997, 135
min. Direção: Jean-Jacques Annaud.
Com Brad Pitt. Alpinista austríaco e
nazista se dispõe a escalar um pico
altíssimo por razões egoístas. Mas ele cai
prisioneiro dos ingleses. Foge, mendiga
e acaba como discípulo do dalai-lama,
para sua sorte e para nosso azar.
Caçada em Atlanta
SBT, 1h.
(Sharky's Machine). EUA, 1981, 112 min.
Direção: Burt Reynolds. Com Burt
Reynolds. Policial violento (Reynolds)
desobedece ordens para continuar
investigando caso que envolve um
grande traficante (entre outros).
O Médico e o Monstro
Globo, 1h45.
(Dr. Jekyll and Mr. Hyde). Inglaterra,
2002. Direção: Maurice Phillips. Com
John Hannah, David Warner. Dr. Jekyll
deixa seu lado obscuro vir à tona por
meio de uma poção que o transforma no
Mr. Hyde. Nova versão da clássica
história de Robert Louis Stevenson.
Meu Amigo Bicho Papão
SBT, 3h15.
(Don't Look Under the Bed). EUA,1999,
100 min. Direção: Kenneth Johnson. Com
Erin Chambers. Uma série de
acontecimentos estranhos e sem
explicação começa a acontecer com uma
adolescente depois que ela revela ao
irmão mais novo que amigos
imaginários não existem.
Adoráveis Fantasmas
Globo, 3h30.
(Curtain Call). EUA,1999, 105 min.
Direção: Peter Yates. Com James Spader.
Spader é um editor cujo novo chefe quer
que compre direitos de livros que
vendam e não de bons livros. Como se
isso não bastasse, sua garota não pára de
fazer propostas de casamento. Ela terá a
ajuda de dois fantasmas, ex-astros do
teatro. Comédia romântico-fantástica:
pelo jeito é o que restou ao diretor de
"Bullitt". Feito para TV.
(IA)
TV PAGA
Sordidez também existe no cinema independente
INÁCIO ARAÚJO
CRÍTICO DA FOLHA
Devia haver muitos motivos
de simpatia por esse fenômeno chamado cinema independente americano. O primeiro deles decorre, é claro, de sua independência: seria o correspondente do "off Broadway" teatral, algo
que se constrói fora e mesmo contra um sistema que, malgrado
suas vantagens, tem muito de limitador e opressivo.
Em segundo lugar, trata-se de
um cinema cujo modo de produção se parece com o dos países
subdesenvolvidos. O orçamento é
menor e a estética, em geral, bastante realista, passando quase
sempre ao largo dos efeitos especiais.
No entanto, esse cinema corre
não raro o risco de se tornar tão
opressivo quanto o outro, o hollywoodiano, pois uma parte dos
produtores ditos independentes
acumula hoje uma força invejável
e esbanja essa força na hora do
lançamento dos filmes. Com isso,
em vez de aliado dos cinemas pobres, torna-se mais um poderoso
competidor.
Vejamos o caso de "Monster -
Desejo Assassino" (Telecine Premium, 0h30), cuja publicidade se
baseou na distância entre a "real"
Charlize Theron e sua caracterização como a prostituta lésbica que
o destino transformará em assassina.
Bem, a primeira coisa a fazer é
tirar o chapéu para os publicitários norte-americanos: não havia
mais nada em que se pegar.
Todo o prazer do espectador
passa, portanto, por essa comparação. Pode, eventualmente, se
deslocar para as virtudes de
Christina Ricci como atriz (nada
pequenas, no mais).
Com isso passamos ao largo do
quase infantil determinismo psicológico que guia a história da
menina que, tendo sonhado se
tornar uma estrela e não tendo
conseguido, se transforma no reverso de suas próprias expectativas. Ah, é verdade, o mundo é sórdido e cruel no cinema independente.
(IA)
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