São Paulo, domingo, 27 de novembro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FILMES

TV ABERTA

"True Lies" antevê decadência dos blockbusters

True Lies
Globo, 12h55.     

(True Lies). EUA, 1994, 138 min. Direção: James Cameron. Com Arnold Schwarzenegger, Jamie Lee Curtis. Harry (Schwarzenegger) é um agente tão secreto que nem mesmo sua mulher (Curtis) sabe em que ele trabalha. Ela vive em busca de aventuras. E, numa dessas, passa a flertar com um vendedor de automóveis que se faz passar por um agente secreto, justamente. O diretor James Cameron faz uma espécie de grande funeral do "blockbuster": como se antevisse a decadência das aventuras tão exageradas que não têm mais para onde ir.

O Corcunda de Notre Dame
SBT, 20h30.   

(The Huntchback). EUA, 1997, 98 min. Direção: Peter Medak. Com Mandy Patinkin, Salma Hayek, Richard Harris. Hayek faz a bela cigana Esmeralda, por quem se apaixonam Frollo (Harris) e, de modo diferente, Quasimodo (Patinkin), o corcunda que habita a catedral de Paris. Versão para TV a cabo do romance de Victor Hugo.

Resgate sem Limites
Record, 20h30.   

(Belly of the Beast). Canadá/Hong Kong, 2003, 90 min. Direção: Siu-Tung Ching. Com Steven Seagal. Hopper, ex-agente da CIA, tem a filha raptada na Tailândia, com a filha de um senador dos EUA. É a última de muitas que o país asiático já lhe aprontou. Agora, Hopper retorna lá, em caráter de urgência, para uma luta desigual.

Con Air - Rota de Fuga
Globo, 23h40.   

(Con Air). EUA, 1997, 115 min. Direção: Simon West. Com Nicolas Cage. Cameron Poe (Cage) não é homem de sorte. Foi preso por matar um homem ao defender sua mulher, há sete anos. Agora, prestes a entrar na condicional, pega carona num avião carregado de criminosos da pior espécie que querem seqüestrar o avião.

Sete Anos no Tibet
Bandeirantes, 0h30  

(Seven Years in Tibet). EUA, 1997, 135 min. Direção: Jean-Jacques Annaud. Com Brad Pitt. Alpinista austríaco e nazista se dispõe a escalar um pico altíssimo por razões egoístas. Mas ele cai prisioneiro dos ingleses. Foge, mendiga e acaba como discípulo do dalai-lama, para sua sorte e para nosso azar.

Caçada em Atlanta
SBT, 1h.   

(Sharky's Machine). EUA, 1981, 112 min. Direção: Burt Reynolds. Com Burt Reynolds. Policial violento (Reynolds) desobedece ordens para continuar investigando caso que envolve um grande traficante (entre outros).

O Médico e o Monstro
Globo, 1h45.   

(Dr. Jekyll and Mr. Hyde). Inglaterra, 2002. Direção: Maurice Phillips. Com John Hannah, David Warner. Dr. Jekyll deixa seu lado obscuro vir à tona por meio de uma poção que o transforma no Mr. Hyde. Nova versão da clássica história de Robert Louis Stevenson.

Meu Amigo Bicho Papão
SBT, 3h15.  

(Don't Look Under the Bed). EUA,1999, 100 min. Direção: Kenneth Johnson. Com Erin Chambers. Uma série de acontecimentos estranhos e sem explicação começa a acontecer com uma adolescente depois que ela revela ao irmão mais novo que amigos imaginários não existem.

Adoráveis Fantasmas
Globo, 3h30.   

(Curtain Call). EUA,1999, 105 min. Direção: Peter Yates. Com James Spader. Spader é um editor cujo novo chefe quer que compre direitos de livros que vendam e não de bons livros. Como se isso não bastasse, sua garota não pára de fazer propostas de casamento. Ela terá a ajuda de dois fantasmas, ex-astros do teatro. Comédia romântico-fantástica: pelo jeito é o que restou ao diretor de "Bullitt". Feito para TV. (IA)

TV PAGA

Sordidez também existe no cinema independente

INÁCIO ARAÚJO CRÍTICO DA FOLHA

Devia haver muitos motivos de simpatia por esse fenômeno chamado cinema independente americano. O primeiro deles decorre, é claro, de sua independência: seria o correspondente do "off Broadway" teatral, algo que se constrói fora e mesmo contra um sistema que, malgrado suas vantagens, tem muito de limitador e opressivo.
Em segundo lugar, trata-se de um cinema cujo modo de produção se parece com o dos países subdesenvolvidos. O orçamento é menor e a estética, em geral, bastante realista, passando quase sempre ao largo dos efeitos especiais.
No entanto, esse cinema corre não raro o risco de se tornar tão opressivo quanto o outro, o hollywoodiano, pois uma parte dos produtores ditos independentes acumula hoje uma força invejável e esbanja essa força na hora do lançamento dos filmes. Com isso, em vez de aliado dos cinemas pobres, torna-se mais um poderoso competidor.
Vejamos o caso de "Monster - Desejo Assassino" (Telecine Premium, 0h30), cuja publicidade se baseou na distância entre a "real" Charlize Theron e sua caracterização como a prostituta lésbica que o destino transformará em assassina.
Bem, a primeira coisa a fazer é tirar o chapéu para os publicitários norte-americanos: não havia mais nada em que se pegar.
Todo o prazer do espectador passa, portanto, por essa comparação. Pode, eventualmente, se deslocar para as virtudes de Christina Ricci como atriz (nada pequenas, no mais).
Com isso passamos ao largo do quase infantil determinismo psicológico que guia a história da menina que, tendo sonhado se tornar uma estrela e não tendo conseguido, se transforma no reverso de suas próprias expectativas. Ah, é verdade, o mundo é sórdido e cruel no cinema independente. (IA)


Texto Anterior: Astrologia
Próximo Texto: José Simão: Oba! Tá acabando o Roubrasileirão 2005!
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.