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TELEVISÃO
Cinema
Canal traz cinema universal de Cavalcanti
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
"Consegui fazer cinema em
todos os países do mundo, exceto no Brasil." A declaração
em tom de desabafo foi feita
por Alberto Cavalcanti (1897-1982), dez anos antes de morrer, a seu amigo e também diretor Jom Tob Azulay, que lembra este primeiro encontro dos
dois no programa que o Canal
Brasil exibe domingo, às 18h.
Entre diversas cenas de filmes, muitos da época do cinema mudo, o especial conta a
trajetória do diretor, roteirista
e produtor cinematográfico,
que se formou em arquitetura
em Genebra e trabalhou com
cinema e teatro na França, Inglaterra, Itália, Alemanha, Áustria, Romênia e em Israel.
No Brasil, em 1949, foi produtor geral da Companhia Cinematográfica Vera Cruz, por
pouco mais de um ano. Desiludido com as dificuldades no
país, voltou à Europa em 1954,
após realizar dois importantes
filmes nacionais, "Simão, O
Caolho" e "O Canto do Mar".
Entre as raridades exibidas
no programa, há cenas de Jean
Renoir e sua mulher, Catherine
Hessling, atuando em filmes
mudos franceses de Cavalcanti
nos anos 20. E produções feitas
para o governo inglês nos anos
30, com narração sombria do
poeta W.H. Auden e música de
Benjamin Britten. Em outro
trecho, Cavalcanti dirige Michael Redgrave, em 1945.
(FERNANDA EZABELLA)
ALBERTO CAVALCANTI
Quando: dom., às 18h; 5/12, às 10h
Onde: Canal Brasil
Classificação indicativa: livre
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