São Paulo, segunda-feira, 28 de janeiro de 2002 |
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FILMES TIAGO MATA MACHADO CRÍTICO DA FOLHA Pânico no Shopping SBT, 15h45 (Terror in the Mall). EUA, 1998. Direção: Norberto Barba. Com Rob Estes, Shannon Sturges, Kai Wiesinger, David Soul, Angeline Ball. Filme-catástrofe que narra a inundação de um shopping, após a ruptura de uma represa. Além de enfrentarem as águas revoltas, os sobreviventes terão que lidar com a ação de um presidiário foragido. Fazer o quê? Power Rangers - O Filme Globo, 16h (Mighty Morphin Power Ranger: The Movie). Japão/EUA, 1995, 95 min. Direção: Brian Spicer. Com Karan Ashley, Johnny Young Bosch, Steve Cardenas, Jason David Frank, Amy Jo Johnson, David Yost. Adaptação de um game que virou série de TV. Em uma cidade do interior americano, liderados pelo sábio Zardon, seis adolescentes desenvolvem poderes de super-heróis. Quando Zardon é ameaçado pelo vilão Ivan, eles são obrigados a viajar para um planeta distante, onde está escondida a fonte de energia que sustenta o malfeitor. Não embarque nessa. O Pacificador Globo, 21h55 (The Peacemaker). EUA, 1997. Direção: Mimi Leder. Com George Clooney, Nicole Kidman, Marcel Iures, Aleksandr Baluyev, Rene Medvesek, Gary Werntz. Investigando o sumiço de nove armas nucleares russas, Clooney, um oficial das forças armadas americanas, e Kidman, uma cientista, acabam no rastro de um terrorista internacional cujo intento, ora vejam, é fulminar Nova York. Baile Perfumado Bandeirantes, 22h Brasil, 1997, 93 min. Direção: Paulo Caldas e Lírio Ferreira. Com Duda Mamberti, Luiz Carlos Vasconcelos, Arames Trindade, Chico Diaz. Mais interessada em bombar a atenção do espectador do que em fazer cinema, a dupla Caldas e Ferreira revisita a tradição cangaceira do cinema nacional, priorizando a iconização da imagem. Com seu maneirismo desenfreado, vazio e invariavelmente subwellesiano, os cineastas tentam contar a história da visita do mascate libanês Benjamim Abrahão (Mamberti) ao bando de Lampião. A impostura dos cineastas encontra certa equivalência na dos atores. Audazes e Malditos Bandeirantes, 0h30 (Sergeant Rutledge). EUA, 1960, 112 min. Direção: John Ford. Com Jeffrey Hunter, Woody Strode, Constance Towers, Billie Burke, Juano Hernandez, Willis Bouchey, Carleton Young. Strode é um oficial de cavalaria negro acusado de estupro e assassinato. Sua versão da história é contada em flashback a partir de seu julgamento. O tema é novo para Ford, mas a forma do diretor continua a mesma. A prova é sua habitual e bem-sucedida mistura de drama e comédia. As Pontes de Madison SBT, 0h35 (The Bridges of Madison County). EUA, 1995, 135 min. Direção: Clint Eastwood. Com Meryl Streep, Clint Eastwood, Annie Corley, Victor Slezak, Jim Haynie, Sarah Kathryn Schmitt, Christopher Kroon. Variação bem-sucedida de "Desencanto" (David Lean, 1945), inspirada no romance escrito por Robert James Waller. Eastwood é o fotógrafo itinerante da National Geographic que, realizando um trabalho sobre as pontes de Iowa, envolve-se com a dona-de-casa rural de origem francesa Streep, cuja família viajou em férias. Um Eastwood vulnerável e uma Streep insuperável em um melancólico relacionamento amoroso na terceira idade. Intercine Globo, 2h15 Hoje, vai ao ar o escolhido do público votante entre dois filmes com o ator Robert de Niro à frente do elenco: "A Missão" (Inglaterra, 1986, de Roland Joffe, com Robert de Niro, Jeremy Irons, Aidan Quinn, Liam Neeson) ou "Cassino" (EUA, 1995, de Martin Scorsese, com Robert de Niro, Sharon Stone, Joe Pesci, James Woods). DESTAQUES DA TV PAGA FILME O projeto que Truffaut recusou
Confrades de Helen
Scott, a amiga americana de
Truffaut, e admiradores de
"Jules e Jim", os roteiristas
Robert Benton e David
Newman queriam o cineasta francês na direção de
"Bonnie and Clyde"
(MGM, 21h). O roteiro da
dupla, história da vida bandida do casal Bonnie Parker
e Clyde Barrow na época da
Grande Depressão, empolgou Truffaut. Mas, com
medo de não se adaptar ao
modo de produção americano e envolvido com
"Fahrenheit 451", ele passou a bola para Godard,
que declinou do convite.
Quando tentou retomar o
diálogo, Truffaut esbarrou
em Warren Beatty. O ator já
havia comprado o projeto e
oferecido a direção a um
amigo do francês, Arthur
Penn. Logo o filme estaria
estourando nas bilheterias.
(TIAGO MATA MACHADO) |
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