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BARBARA GANCIA
Eu adoro seriado americano
Todos têm um seriado de TV
preferido. Não sei qual é o
seu, caro leitor, se você prefere "A
Feiticeira" à "Jeannie É um Gênio", mas como tenho coluna e
você não, contente-se em comentar suas preferências com os amigos, enquanto eu aproveito este
dileto espaço para lembrar os seriados que fizeram minha cabeça.
Já fui fã ardorosa de "Perdidos
no Espaço", que assistia religiosamente aos domingos, desde o lançamento do primeiro capítulo, celebrado pela Ovomaltine com um
sorteio de réplicas do robô. "Perdidos" teve o primeiro personagem gay da TV, o dr. Smith. Na
dublagem, o doutor ganhou uma
vozica de Armando Marques, que
não condiz com o vozeirão do
ator Jonathan Harris na versão
original, mas é bem mais engraçada.
Gostava também de "Zorro",
estrelado pelo mesmo Guy Williams, que fez o pai da família
Robinson em "Perdidos no Espaço", e do ultra-kitsch "Batman".
Eu levava o Batman a sério e não
percebia o tamanho do escracho.
E nem sabia que os atores convidados para fazer os vilões, como a Ma Baker Shelley Winters, o Pinguim Burgess Meredith e o Coringa César Romero eram astros
consagrados.
Hoje gosto sobretudo de "The
West Wing", que mostra, com inteligência, os bastidores da Casa Branca. O Martin Sheen é sempre
aquele baixo-astral, mas faz um
excelente presidente democrata.
E a Stockard Channing, uma das
melhores atrizes da Hollywood
atual, está divina como primeira-dama.
Não sou muito chegada em filme de máfia, mas a "Família Soprano", sobre um mafioso decadente de Nova Jersey, é menos bocó do que a média das tranqueiras exibidas hoje, como o chatinho "Felicity".
Claro, vejo e revejo "Seinfeld" e
"Um Amor de Família" à toda
hora e, assim como minha querida Marília "Gabi" Gabriela, também coleciono episódios de "I Love Lucy".
"Will and Grace", com aquela
milionária bêbada e imoral, também mora no meu coração, bem
como "Friends", a despeito da
idéia besta de encerrar a série fazendo o Joey casar com a Rachel.
Por mim, eu ficaria o dia inteiro
falando de seriado norte-americano, mas como estamos chegando ao fim, só dá para mencionar
mais um, "Anos Incríveis", que
para mim é mais do que especial,
uma vez que o Kevin Arnold
(Fred Savage) e eu temos exatamente a mesma idade. Na semana passada, a Sony mostrou uma
reprise de "Saturday Night Live"
em que o convidado era o Fred
Savage, ainda menino. No monólogo de abertura, quando ele parava para pensar, entrava a voz
do Kevin Arnold adulto que narra o seriado. Foi o melhor momento da TV na semana.
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