São Paulo, segunda-feira, 28 de janeiro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

BARBARA GANCIA

Eu adoro seriado americano

Todos têm um seriado de TV preferido. Não sei qual é o seu, caro leitor, se você prefere "A Feiticeira" à "Jeannie É um Gênio", mas como tenho coluna e você não, contente-se em comentar suas preferências com os amigos, enquanto eu aproveito este dileto espaço para lembrar os seriados que fizeram minha cabeça.
Já fui fã ardorosa de "Perdidos no Espaço", que assistia religiosamente aos domingos, desde o lançamento do primeiro capítulo, celebrado pela Ovomaltine com um sorteio de réplicas do robô. "Perdidos" teve o primeiro personagem gay da TV, o dr. Smith. Na dublagem, o doutor ganhou uma vozica de Armando Marques, que não condiz com o vozeirão do ator Jonathan Harris na versão original, mas é bem mais engraçada.
Gostava também de "Zorro", estrelado pelo mesmo Guy Williams, que fez o pai da família Robinson em "Perdidos no Espaço", e do ultra-kitsch "Batman". Eu levava o Batman a sério e não percebia o tamanho do escracho. E nem sabia que os atores convidados para fazer os vilões, como a Ma Baker Shelley Winters, o Pinguim Burgess Meredith e o Coringa César Romero eram astros consagrados.
Hoje gosto sobretudo de "The West Wing", que mostra, com inteligência, os bastidores da Casa Branca. O Martin Sheen é sempre aquele baixo-astral, mas faz um excelente presidente democrata. E a Stockard Channing, uma das melhores atrizes da Hollywood atual, está divina como primeira-dama.
Não sou muito chegada em filme de máfia, mas a "Família Soprano", sobre um mafioso decadente de Nova Jersey, é menos bocó do que a média das tranqueiras exibidas hoje, como o chatinho "Felicity".
Claro, vejo e revejo "Seinfeld" e "Um Amor de Família" à toda hora e, assim como minha querida Marília "Gabi" Gabriela, também coleciono episódios de "I Love Lucy".
"Will and Grace", com aquela milionária bêbada e imoral, também mora no meu coração, bem como "Friends", a despeito da idéia besta de encerrar a série fazendo o Joey casar com a Rachel.
Por mim, eu ficaria o dia inteiro falando de seriado norte-americano, mas como estamos chegando ao fim, só dá para mencionar mais um, "Anos Incríveis", que para mim é mais do que especial, uma vez que o Kevin Arnold (Fred Savage) e eu temos exatamente a mesma idade. Na semana passada, a Sony mostrou uma reprise de "Saturday Night Live" em que o convidado era o Fred Savage, ainda menino. No monólogo de abertura, quando ele parava para pensar, entrava a voz do Kevin Arnold adulto que narra o seriado. Foi o melhor momento da TV na semana.


Texto Anterior: Cinema: Berlim realiza festival no metrô
Próximo Texto: O novo adeus de Joey Ramone
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.