São Paulo, quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

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Artista não concluía projetos

RICARDO BONALUME NETO
DA REPORTAGEM LOCAL

Ele era de tudo um pouco: pintor, escultor, engenheiro, arquiteto, anatomista, inventor etc. Era um gênio, certamente. Mas, por ter essa mente fértil, Leonardo da Vinci tinha um defeito grave: era raro que terminasse um projeto. E muitos deles eram mirabolantes demais para serem transformados em algo real.
Sua importância para a ciência e tecnologia não está na lista de suas supostas "invenções", mas no seu apreço pela pesquisa experimental, pelo desenvolvimento de uma metodologia científica. Seus desenhos técnicos são obras de arte, mas também são precursores dos "blueprints" dos engenheiros.
Dizem que foi precursor do automóvel, do helicóptero, do tanque de guerra; a lista aumenta cada vez que alguém interpreta os desenhos que produziu.
É discutível. Seu "helicóptero" tem a forma de um saca-rolhas furando o ar. Ele não voaria. O tanque de guerra feito de madeira era impraticável.
Assim como outros do seu tempo, ele buscava inspiração na cultura clássica, greco-romana, mas iria além desses modelos.
Um dos motivos era a necessidade de ganhar o pão. Inventores precisavam de patronos. Esses príncipes contratavam profissionais que lhes fossem úteis, como, por exemplo, pintores ou arquitetos militares. Boa parte da produção de projetos de Da Vinci envolve máquinas de guerra. Nenhuma de suas armas sobreviveu, se é que algum dia foram construídas. Ainda bem. Seus desenhos são bem melhores.


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