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Iron Maiden inicia turnê saudosista
Na sétima vinda ao Brasil, banda britânica retorna a hits dos anos 80, em shows esgotados em SP, Curitiba e Porto Alegre
Repertório da melhor fase do Maiden, de 1982 a 1988, lembra show histórico do 1º
Rock in Rio; banda remonta famoso cenário egípcio
MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DA REPORTAGEM LOCAL
Foi um dos primeiros shows
de multidão que o país viu, parte de uma das turnês mais bem-sucedidas da história do heavy-metal, e agora está de volta.
Os ingleses do Iron Maiden
retornam ao país e a 1985, ano
do histórico show no primeiro
Rock in Rio, com sua turnê
atual, "Somewhere Back in Time", que chega a São Paulo no
próximo domingo e depois segue para Curitiba (4/3) e Porto
Alegre (5/3), com ingressos já
esgotados nas três cidades.
Com repertório baseado na
melhor fase da banda -do álbum "The Number of the
Beast" (1982) ao "Seventh Son
of a Seventh Son" (1988)-,
mais o célebre cenário egípcio
da turnê do "Powerslave"
(1984), este mergulho no passado tem causado frenesi nos fãs.
Em Bogotá, onde a banda toca hoje, a imprensa local noticiou que centenas de fãs estavam acampados desde anteontem à espera do show. Em São
Paulo, as 37 mil entradas postas
à venda (em dezembro passado) esgotaram-se em dez dias.
"É um público novo, que já
nos assistiu antes, mas não com
esse cenário egípcio, numa turnê como essa", diz Dave Murray, um dos três guitarristas da
banda, em entrevista à Folha
por telefone, minutos antes de
entrar no palco em Los Angeles. "Estamos fazendo basicamente o mesmo "set list" em todos os shows, centrado nos discos do passado."
Visitantes freqüentes
Os números dão uma dimensão do fenômeno de massa que
é a banda no país: será a sétima
visita do Maiden -as outras foram em 1985, 1992, 1996, 1998,
2001 e 2004-, que vai chegar a
16 apresentações no Brasil,
sempre lotadas.
Um dos membros mais antigos da banda -só perde para o
fundador, o baixista Steve Harris-, Murray conhece bem a
idolatria dos fãs brasileiros.
"É realmente incrível. Sempre tivemos uma grande recepção por aí e vamos fazer um
grande show, vai ser a experiência completa."
O icônico mascote da banda,
o morto-vivo Eddie (cuja aparição é um dos pontos altos dos
shows), é uma das mudanças.
"Usamos um outro Eddie
desta vez, não é a versão múmia, como na turnê de 1985,
mas aquele exterminador futurista, do "Somewhere in Time"."
A outra diferença notável em
relação ao show do primeiro
Rock in Rio (além do repertório
mais amplo) está na formação
da banda, que agora tem seis integrantes -Murray, Harris,
Bruce Dickinson (vocal), Nicko
McBrain (bateria) e os guitarristas Adrian Smith e Janick
Gers (ausente em 1985).
"Como temos três guitarras
agora, as músicas têm algumas
nuances diferentes. A vibração
também é diferente, porque as
canções se tornaram clássicos."
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