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Gravurista veterana Anna Letycia expõe mais de 50 obras no instituto
DA REPORTAGEM LOCAL
A artista fluminense Anna
Letycia, 78, também ganha
uma mostra que será aberta hoje no Instituto Tomie Ohtake.
Uma das mais importantes
gravuristas do país, Letycia tem
três salas do centro a abrigar
mais de 50 trabalhos de sua autoria realizados nessa técnica.
A artista se destaca na gravura em metal e teve aulas com
dois artistas-chave na elaboração de obras nessa linguagem:
Oswaldo Goeldi (1895-1961) e
Iberê Camargo (1914-1994).
Em 1952, também foi aluna do
francês André Lhote (1885-1962), um dos expoentes do cubismo, quando ele ministrou
oficina de três meses no Rio.
A exposição no Tomie abrigará seus trabalhos iniciais,
mais influenciados pelo expressionismo, e matrizes da série "Tatu". Eles foram desdobrados naquela que seria sua
produção mais célebre, a série
"Caracol", iniciada em 1967. No
mesmo ano, também incorpora
a caixa como figura comum em
suas gravuras. Já em suas pinturas, a influência de Ivan Serpa (1923-1973), de quem também foi aluna, é decisiva.
A produção de Letycia ganha
forma desde os anos 50, quando ela participa de mostras internacionais de peso, como a
Bienal de Paris, em que foi premiada em 1963, e a Bienal de
Veneza, em que integrou a seleção do evento nas edições de
1962 e 1968.
A exposição segue até o dia 4
de abril no instituto. Depois, ela
será exibida no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio, que
irá adquirir o conjunto para o
seu acervo.
(MG)
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