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Noite do Oscar coroa "O Discurso do Rei"
Produção britânica sobre rei que luta contra a gagueira leva quatro prêmios -filme, diretor, ator e roteiro original
FERNANDA EZABELLA
DE LOS ANGELES
Longa vida ao rei (gago)!
Como esperado, o filme de
época sobre o monarca britânico com problemas para falar em público foi coroado na
noite de ontem em Hollywood, ao imperar em quatro
categorias do Oscar.
"O Discurso do Rei", dirigido pelo inglês Tom Hooper,
levou os prêmios de melhor
filme, direção, roteiro original e ator para Colin Firth, 50.
"A Origem", ficção científica de Christopher Nolan,
também ganhou o Oscar em
quatro categorias, porém técnicas: fotografia, efeitos visuais, edição de som e mixagem de som. "A Rede Social",
sobre a criação do Facebook,
levou roteiro adaptado, trilha sonora e montagem.
Único trabalho com participação brasileira na festa, o
documentário "Lixo Extraordinário" perdeu para "Trabalho Interno", sobre a crise
global financeira de 2008.
"Faz três anos que fiz esse
filme, e nenhum executivo
foi preso, isso está errado",
disse o diretor Charles Ferguson, bastante aplaudido.
Christian Bale, o ex-boxeador viciado em crack de "O
Vencedor", e Melissa Leo, a
matriarca durona do mesmo
filme, receberam os prêmios
de ator e atriz coadjuvantes.
Melissa Leo, 50, chegou a
pagar do próprio bolso anúncios em revistas, numa campanha paralela à do estúdio
do filme. "Estou sem palavras", disse, antes de gritar
um baita palavrão. "Pode me
beslicar? É meu, é para
mim?", disse para o ator Kirk
Douglas, 94, que chamou o
prêmio e segurava a estatueta dourada, gaguejando.
Também sem surpresa nenhuma, Natalie Portman foi
escolhida melhor atriz por
"Cisne Negro", enquanto
"Toy Story 3" ganhou o Oscar
de animação e música.
Na categoria filme estrangeiro, venceu o dinamarquês
"Em um Mundo Melhor" (estreia no Brasil em 11/3). "Alice no País das Maravilhas" ficou com dois Oscars, direção
de arte e melhor figurino.
A cerimônia começou com
os apresentadores Anne Hathaway e James Franco fazendo pontas cômicas nos
filmes indicados. Arrancaram boas risadas da plateia,
principalmente quando tentaram dançar balé com Portman em "Cisne Negro".
O filme, porém, foi um dos
perdedores da noite: das cinco indicações, ficou com apenas um Oscar. "Bravura Indômita" e "127 Horas", cada
um concorrendo em dez e
seis categorias, respectivamente, não ganharam nada.
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