São Paulo, segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

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Aos 73, morre escritor gaúcho e membro da ABL Moacyr Scliar

O corpo foi velado ontem e será sepultado hoje, às 11h, no Cemitério Israelita de Porto Alegre

Médico e colunista da Folha, autor lançou mais de 70 livros e ganhou prêmios dentro e fora do país

Neco Varella - 6.nov.10/Folha Imagem
Moacyr Scliar em sua casa em Porto Alegre

DE PORTO ALEGRE
DE SÃO PAULO


O escritor e colunista da Folha Moacyr Scliar morreu na madrugada de ontem aos 73 anos, em Porto Alegre.
O Hospital das Clínicas de Porto Alegre anunciou que Scliar morreu por volta da 1h, por falência múltipla de órgãos. O autor estava internado desde janeiro por conta de um acidente vascular cerebral isquêmico.
Scliar, que deixa mulher, filho e netos, foi velado ontem na Assembleia Legislativa do RS e deve ser sepultado hoje, às 11h, no Cemitério Israelita de Porto Alegre.

VIDA E OBRA
Autor de mais de 70 livros e traduzido para mais de 40 idiomas, o porto-alegrense Scliar era reverenciado na sua terra natal, na qual cresceu em bairro da comunidade judaica. Nascido em 23 de março de 1937, formou-se médico e se especializou em saúde pública.
Ganhou importantes prêmios no Brasil e no exterior, como o Jabuti (quatro vezes) e pertencia, desde 2003, à Academia Brasileira de Letras. Entre seus livros, destacam-se títulos como "O Centauro no Jardim", obra de temática judaica, "Sonhos Tropicais", romance sobre o sanitarista Oswaldo Cruz, "O Exército de um Homem Só" e "A Majestade do Xingu".
Desde 1993, publicava em sua coluna na Folha crônicas baseadas em reportagens veiculadas pelo jornal.

VELÓRIO
Presente ao velório, o governador Tarso Genro (PT-RS) anunciou a criação de um prêmio literário que levará o nome do autor. O velório reuniu personalidades do mundo literário. Entre as coroas de flores, estava a da presidente Dilma Rousseff.
"O título do último livro, "Eu Vos Abraço, Milhões", representa um pouco a postura que ele teve na vida", disse Luiz Schwarcz, editor da Companhia das Letras.
Amigo de décadas, o escritor Luis Fernando Veríssimo viu na morte de Scliar o surgimento de uma lacuna da temática literária do judeu na sociedade brasileira.


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