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Monólogo retrata Florbela "solar"
DO ENVIADO A CURITIBA
O monólogo paulista "Florbela
Espanca - Noturno" chega ao
Fringe para colocar em cena, também, a face "solar" da poeta portuguesa imortalizada pelos versos
de melancolia e desespero.
A começar pelo cenário: a intérprete Catharina de Papas passa
toda a peça no interior de uma escultura em arame flexível. Quando iluminada, remete aos tons do
crepúsculo que tanto inspiraram
Florbela (1894-1930), autora de
obras como "Livro de Mágoa" e
"Charneca em Flor".
Sobre a estrutura de arame, De
Papas, também cenógrafa, lembra que o médico de Florbela,
mulher em constante estado febril, dizia que ela não tinha nada,
apenas "teias de aranha na cabeça". Daí a alegoria.
O texto adapta contos, cartas e
sonetos. "Optei pelo viés da ternura, da profunda relação com o
irmão dela", afirma.
(VS)
O jornalista Valmir Santos, a repórter-fotográfica Lenise Pinheiro e o crítico
Sergio Salvia Coelho viajam a convite
da organização do 12º FTC
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