São Paulo, sexta-feira, 28 de maio de 2010

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Infelizes juntas

"Sex and the City 2" estreia hoje nos cinemas; em entrevista, atrizes se comportam como suas personagens

Divulgação
Kim Catrall, Kristin Davis, Sarah Jessica Parker e Cynthia Nixon caminham no deserto, em cena do longa

CRISTINA FIBE
DE NOVA YORK

Em um setor de sapatos da luxuosa loja de departamento Bergdorf Goodman, na Quinta Avenida, as quatro atrizes de "Sex and the City 2" estão vestidas como suas personagens, saltos altíssimos e roupas de grife, para uma entrevista coletiva.
Acompanhadas do diretor e roteirista, Michael Patrick King, e da principal figura masculina do filme, Chris Noth (o Mr. Big), elas agem como se Carrie, Miranda, Charlotte e Samantha estivessem lá.
Sarah Jessica Parker, a Carrie, explica que "a melhor parte da experiência foram os quase dois meses no Marrocos, em uma atmosfera exótica, estimulante e cinematográfica, onde pude morar com esse elenco, o que nunca tinha tido a oportunidade de fazer". "Foi possivelmente a melhor experiência profissional da minha vida", diz Sarah, sob os olhares comovidos das colegas.
O Marrocos, no filme, virou Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), para onde Samantha (Kim Cattrall), solteira, leva as amigas para longe dos maridos e bebês.
"Era quente, empoeirado, e eu estava bêbada a maior parte do tempo", emenda Kim, para o choque de Kristin Davis, que interpreta a comportada Charlotte. Incorporando sua personagem, Kristin se apressa em corrigir a amiga. "Tenho que dizer que ela está brincando.
Fazia muito calor, mas ela não estava nem um pouco bêbada, nunca!" Sobre o retrato das mulheres muçulmanas, cujos costumes são "estudados" pelas amigas, enquanto Samantha choca Abu Dhabi com sua pouca roupa, Sarah Jessica afirma que "foi um privilégio estar lá, no meio de todo tipo de mulheres, e acho que é assim que Carrie se sente".
"Para a Carrie, são as lentes perfeitas para se fazer as perguntas sobre as quais ela reflete desde o início do filme -as tradições, como as definimos e redefinimos e como outras mulheres as definem em relacionamentos em que querem estar, em instituições convencionais", diz.
Sarah se refere ao fato de Carrie passar pelo segundo longa da série questionando o tédio de sua vida de casada.
O diretor escolhe o casamento e a postura tradicional das mulheres da suposta Abu Dhabi como cenário para que Carrie, a americana deslocada, cometa seus deslizes. Para o diretor, "um dos desafios é não ter medo de mudar a fórmula. Sabia que tinha essas quatro garotas e que poderia colocá-las em qualquer lugar, que "Sex and the City" estaria lá".
Questionado se o filme refletia a realidade dos Emirados, Patrick King diz que, por tratar-se de "uma sequência blockbuster, a realidade de Abu Dhabi está na base do filme, mas a imaginação está por cima".

Folha.com
Veja fotos do filme

folha.com.br/1014624


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