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Imigrante suíço, fotógrafo viveu em Salvador
DA REDAÇÃO
Guilherme Gaensly nasceu
na cidade de Wellhausen, na
Suíça, e migrou para o Brasil
em 1848. Sua família e muitas
outras fugiam da fome, do excesso de população, da falta de
terra e da crise geral que se abatia sobre a Europa na metade
do século 19.
Os Gaensly instalaram-se em
Salvador (BA), onde Guilherme, então com cinco anos, viria
anos mais tarde aprender o ofício de fotógrafo.
Estrangeiros, protestantes e
falando apenas alemão, a adaptação dos Gaensly em Salvador
não foi das mais fáceis.
Em torno de 1870, Gaensly
abre seu estúdio na praça Castro Alves, que mais tarde seria
dividido com seu sócio e cunhado Rodolpho Lindemann.
O estúdio estabeleceu-se fazendo retratos de pessoas ao lado de mobiliário importado da
Europa, além de cartões-postais com paisagens e tipos brasileiros, sobretudo de negros
que eram vendidos na Europa
como marca do exotismo da
América.
Aos 50 anos, Gaensly resolve
vir para São Paulo provavelmente para fugir da excessiva
concorrência que começou a
ocorrer em Salvador.
Em fevereiro de 1894,
Gaensly estabelece-se no número 28 da rua 15 de Novembro, no centro de São Paulo, e
passa a fotografar sob contrato
para a Secretaria de Agricultura, Escola Politécnica e Light,
entre outros clientes.
A maior atividade do estúdio,
assim como da filial de Salvador, eram paisagens, em detrimento dos retratos, que era
uma modalidade secundária.
A medalha de prata recebida
na exposição mundial de Saint
Louis, nos EUA, aumenta a reputação e a clientela de seu estúdio.
Em um determinado momento, Gaensly passa a editar
várias séries de postais sobre
São Paulo, cidade que retratou
para a posteridade e onde morou até morrer, em 1928, aos 85
anos.
(EC)
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