São Paulo, quinta-feira, 28 de junho de 2001

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Imigrante suíço, fotógrafo viveu em Salvador

DA REDAÇÃO

Guilherme Gaensly nasceu na cidade de Wellhausen, na Suíça, e migrou para o Brasil em 1848. Sua família e muitas outras fugiam da fome, do excesso de população, da falta de terra e da crise geral que se abatia sobre a Europa na metade do século 19.
Os Gaensly instalaram-se em Salvador (BA), onde Guilherme, então com cinco anos, viria anos mais tarde aprender o ofício de fotógrafo.
Estrangeiros, protestantes e falando apenas alemão, a adaptação dos Gaensly em Salvador não foi das mais fáceis.
Em torno de 1870, Gaensly abre seu estúdio na praça Castro Alves, que mais tarde seria dividido com seu sócio e cunhado Rodolpho Lindemann.
O estúdio estabeleceu-se fazendo retratos de pessoas ao lado de mobiliário importado da Europa, além de cartões-postais com paisagens e tipos brasileiros, sobretudo de negros que eram vendidos na Europa como marca do exotismo da América.
Aos 50 anos, Gaensly resolve vir para São Paulo provavelmente para fugir da excessiva concorrência que começou a ocorrer em Salvador.
Em fevereiro de 1894, Gaensly estabelece-se no número 28 da rua 15 de Novembro, no centro de São Paulo, e passa a fotografar sob contrato para a Secretaria de Agricultura, Escola Politécnica e Light, entre outros clientes.
A maior atividade do estúdio, assim como da filial de Salvador, eram paisagens, em detrimento dos retratos, que era uma modalidade secundária.
A medalha de prata recebida na exposição mundial de Saint Louis, nos EUA, aumenta a reputação e a clientela de seu estúdio.
Em um determinado momento, Gaensly passa a editar várias séries de postais sobre São Paulo, cidade que retratou para a posteridade e onde morou até morrer, em 1928, aos 85 anos. (EC)


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