São Paulo, terça-feira, 28 de julho de 2009

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TELEVISÃO

crítica

"Sangue Negro" reconstitui violenta busca petrolífera

PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Enquanto a água dos rios chegam abundantes e de bom grado às nossas bocas, o petróleo requer uma violação tremenda do solo, quase como um estupro seguido de roubo. É mesmo o tal "sangue da terra".
Uma violência que "Sangue Negro" (HBO, 22h05; 14 anos), de Paul Thomas Anderson, soube bem retratar, através do ambicioso Daniel Plainview (Daniel Day-Lewis), imagem que reconstitui a brutal experiência da prospecção nos EUA do início do século 20.
Áspero, corpo encardido por poeira e petróleo, ele vê o mundo como um meio produtivo, com homens e subsolo sendo matérias a serem exploradas.
O empresário monta seu império, mas não vemos seus frutos, e os únicos índices de progresso estão nas torres de perfuração do solo. A lógica da exploração não se justifica aqui. Ao contrário, dela só fica retida o predatismo e violência.


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