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Metida a ousada, série sobre sexo é bastante moralista
Seriado "Satisfaction" retrata cotidiano de bordel australiano
IVAN FINOTTI
DE SÃO PAULO
O seriado de ficção "Satisfaction", sobre prostitutas de luxo de Melbourne, Austrália, faz lembrar o refrão da música dos Rolling Stones: "I can"t get no satisfaction" (eu não consigo ter satisfação).
É que, apesar de metida a ousada (aparecem seios, nádegas, pelos pubianos, pênis), apesar de se passar por abusada (chicotes, gritos, fantasias de enfermeira), isso é só maquiagem pesada.
A série é moralista. Por exemplo: as situações de sexo pouco convencionais são tratadas como se fossem bizarrices às quais as prostitutas-heroínas se submetem. Mas quando um cliente tem uma fantasia (essa sim, bizarra) em que finge ser o homem da casa indo para a cama com a esposa, a situação é tratada como perfeita.
No primeiro episódio, acompanhamos um pouco do dia a dia de Chloe, de 33 anos -a série vai orbitar em torno dela e de outras cinco personagens. Hoje, Chloe vai atrás de um cliente regular que deixou de comparecer. Ela escuta os problemas do coitado, dá bons conselhos e pronto, tudo se encaixa no paraíso australiano.
Nem a filha de Chloe, despertando sexualmente aos 13 ou 14 anos, escapa do psicologismo barato: temos que aguentar o clichê da prostituta-mãe a proibindo de usar decote. "Vai ser melhor para você", ensina. Bem, para os espectadores é que não.
NA TV
Satisfaction
QUANDO hoje, à 0h, na GNT
CLASSIFICAÇÃO não indicada
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