São Paulo, quarta-feira, 28 de julho de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Metida a ousada, série sobre sexo é bastante moralista

Seriado "Satisfaction" retrata cotidiano de bordel australiano

IVAN FINOTTI
DE SÃO PAULO

O seriado de ficção "Satisfaction", sobre prostitutas de luxo de Melbourne, Austrália, faz lembrar o refrão da música dos Rolling Stones: "I can"t get no satisfaction" (eu não consigo ter satisfação). É que, apesar de metida a ousada (aparecem seios, nádegas, pelos pubianos, pênis), apesar de se passar por abusada (chicotes, gritos, fantasias de enfermeira), isso é só maquiagem pesada. A série é moralista. Por exemplo: as situações de sexo pouco convencionais são tratadas como se fossem bizarrices às quais as prostitutas-heroínas se submetem. Mas quando um cliente tem uma fantasia (essa sim, bizarra) em que finge ser o homem da casa indo para a cama com a esposa, a situação é tratada como perfeita. No primeiro episódio, acompanhamos um pouco do dia a dia de Chloe, de 33 anos -a série vai orbitar em torno dela e de outras cinco personagens. Hoje, Chloe vai atrás de um cliente regular que deixou de comparecer. Ela escuta os problemas do coitado, dá bons conselhos e pronto, tudo se encaixa no paraíso australiano. Nem a filha de Chloe, despertando sexualmente aos 13 ou 14 anos, escapa do psicologismo barato: temos que aguentar o clichê da prostituta-mãe a proibindo de usar decote. "Vai ser melhor para você", ensina. Bem, para os espectadores é que não.


NA TV
Satisfaction
QUANDO hoje, à 0h, na GNT
CLASSIFICAÇÃO não indicada




Texto Anterior: Televisão
Outro Canal - Audrey Furlaneto: Canal pago faz acordos para não tirar audiência da Globo

Próximo Texto: Resumo das novelas
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.