São Paulo, quinta-feira, 28 de agosto de 2008

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TELEVISÃO

Crítica

"Caché" é menos talentoso do que pretende ser

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Na hora, "Caché" (TC Cult, 22h; não recomendado para menores de 12 anos) me impressionou um tanto, mas foi sobretudo pelo tema da tensa convivência entre colonizadores (no caso os franceses) e os povos outrora colonizados.
Passado um tempo, no entanto, este filme só me deixa o mesmo sentimento dos outros filmes de Michael Haneke: o de algo profundamente desagradável, degradante e bem menos talentoso do que pretende ser.
Nada a ver com "Maria Antonieta" (HBO Plus, 22h; classificação indicativa não informada), no qual, retomando a história da trágica rainha francesa, Sofia Coppola renova seu olhar para mulheres deslocadas, dominadas, forçadas a viver sob códigos que lhes são estranhos, quando não hostis.
E há "Barry Lyndon" (Cinemax, 23h45; classificação indicativa não informada): história de um vigarista, narrada com a classe única e com o ceticismo de Stanley Kubrick, que, se não acreditava muito nos homens, preferia os que sabem debochar da existência.


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