São Paulo, terça-feira, 28 de setembro de 2010

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Wagner Moura estrela produção "vip" na disputa

DA ENVIADA AO RIO

A presença do cineasta Fernando Meirelles ("Ensaio sobre a Cegueira") e do ator Wagner Moura ("Tropa de Elite") no palco do Cine Odeon, no domingo, era só um dos indicativos do poder de fogo de "VIPs", até agora o mais concorrido filme da Première Brasil, a seção de títulos brasileiros do festival.
Numa competição pautada, até aqui, por produções mais baratas e menos estreladas, como "Além da Estrada", de Charly Braun, e "Riscado", de Gustavo Pizzi, "VIPs", embalado pela grife da produtora O2, o roteiro de Bráulio Mantovani ("Cidade de Deus") e a presença de Moura, chegou ao Odeon com pinta de vip -com o perdão do trocadilho.
O diretor Toniko Melo, que fez a série "Som e Fúria", levou à tela, em tom de aventura, mas com um pé na psicanálise, a história do golpista Marcelo do Nascimento.
Nascimento chegou ao noticiário ao se fazer passar por herdeiro da Gol, dando uma entrevista até mesmo para o programa de Amaury Jr.
Dada a paixão do protagonista por aviões, o filme chegou a ser definido, durante a produção, como um "Prenda-me se For Capaz" (de Steven Spielberg) brasileiro. Há, de fato, semelhanças entre os protagonistas.
Mas "VIPs" não tem a leveza e a agilidade dos filmes de golpe. Por mais que haja cenas engraçadas -o personagem do ator que gruda em Nascimento é sensacional-, o filme não consegue se desapegar do drama daquele rapaz que quer ser muitos e não consegue ser nenhum.


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