|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Wagner Moura estrela produção "vip" na disputa
DA ENVIADA AO RIO
A presença do cineasta
Fernando Meirelles ("Ensaio
sobre a Cegueira") e do ator
Wagner Moura ("Tropa de
Elite") no palco do Cine
Odeon, no domingo, era só
um dos indicativos do poder
de fogo de "VIPs", até agora o
mais concorrido filme da Première Brasil, a seção de títulos brasileiros do festival.
Numa competição pautada, até aqui, por produções
mais baratas e menos estreladas, como "Além da Estrada", de Charly Braun, e "Riscado", de Gustavo Pizzi,
"VIPs", embalado pela grife
da produtora O2, o roteiro de
Bráulio Mantovani ("Cidade
de Deus") e a presença de
Moura, chegou ao Odeon
com pinta de vip -com o perdão do trocadilho.
O diretor Toniko Melo, que
fez a série "Som e Fúria", levou à tela, em tom de aventura, mas com um pé na psicanálise, a história do golpista
Marcelo do Nascimento.
Nascimento chegou ao noticiário ao se fazer passar por
herdeiro da Gol, dando uma
entrevista até mesmo para o
programa de Amaury Jr.
Dada a paixão do protagonista por aviões, o filme chegou a ser definido, durante a
produção, como um "Prenda-me se For Capaz" (de Steven Spielberg) brasileiro. Há,
de fato, semelhanças entre
os protagonistas.
Mas "VIPs" não tem a leveza e a agilidade dos filmes de
golpe. Por mais que haja cenas engraçadas -o personagem do ator que gruda em
Nascimento é sensacional-,
o filme não consegue se desapegar do drama daquele rapaz que quer ser muitos e não
consegue ser nenhum.
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Teatro: Atriz Mika Lins dirige a leitura de "Don Juan" no Sesc Índice | Comunicar Erros
|