DE SÃO PAULO

Reservado à exibição de filmes, o terreiro "A Pele do Invisível" traz hoje, às 10h30 e às 15h, um programa que começa com "Journeys from Berlin/1971", da dançarina e coreógrafa Yvonne Rainer, um dos principais nomes da dança pós-moderna nos Estados Unidos.
Em seguida, haverá a exibição de "Reminiscences of a Journey to Lithuania", de Jonas Mekas.
O filme, de 1972, trata de uma viagem de Mekas, expoente do cinema independente norte-americano, à sua terra natal, em Semeniskiai (Lituânia).
Após ter sobrevivido a um campo de trabalho forçado na Alemanha, Mekas instalou-se, com o fim da guerra, em Nova York, onde desenvolveu carreira de cineasta, poeta e agitador cultural.

ESTREANTE
Às 17h, no terreiro "Eu Sou A Rua", a Bienal recebe o alagoano radicado no Recife Jonathas de Andrade, 28, o mais jovem artista da mostra.
Ele conversa ao lado da argentina Gabriela Salgado, coordenadora de programas públicos da Tate Modern.
O artista, que esteve na Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, no ano passado, vem chamando a atenção pela rápida ascensão que teve no circuito das artes.
Foi considerado aposta pela porto-riquenha Julieta Gonzalez, curadora associada de arte latino-americana da Tate Modern, por abordar "processos de modernização e o posterior fracasso de alguns projetos modernos na América Latina".
Na Bienal, expõe o trabalho "Educação Para Adultos", que tem como matriz uma série de cartazes publicados na década de 1970, baseados no método de educação para adultos de Paulo Freire (1921-1997).
O artista trabalhou por um mês com analfabetos de hoje em busca de novas associações e incluiu imagens atuais à série original.
"É um painel que achata esses dois tempos históricos em um só tempo", resume Jonathas, estreante na Bienal. "Através desses trabalhos, fico diante de uma experiência que me atualiza em relação a entidades mais abstratas, como a história, a economia, os problemas nacionais."


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