LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
DA REDAÇÃO

O fôlego do novo cinema brasileiro se reflete na 26ª Mostra de Cinema de São Paulo. O público escolheu quatro brasileiros de novos diretores para compor a lista da competição do júri. Ao todo são 14 longas concorrendo -dez em ficção e quatro em documentários.
Fato inédito nos 26 anos do festival, a forte presença nacional surpreendeu até mesmo o diretor Leon Cakoff. "Eu me lembro de uma época em que os cineastas acreditavam que a Mostra não era uma boa vitrine para as produções locais, só para as estrangeiras. Esse resultado apresenta uma mudança de postura positiva, que vai se refletir nos festivais lá fora."
O júri é composto pelo músico Georges Moustaki, pela atriz e jornalista Nelofer Pazira, pelo americano Peter Scarlet, diretor da Cinemateca Francesa, e pelos cineastas franco-romeno Radu Mihaileanu, grego Robert Manthoulis, italiano Silvio Soldini e brasileiro Ugo Giorgetti.
A partir da lista definida pelo público, eles vão selecionar os grandes vencedores a serem divulgados na próxima quinta-feira nas categorias de ficção e documentário durante cerimônia no Unibanco Arteplex, às 21h.
Após o anúncio dos premiados será exibido o mais recente longa de Mihaileanu, o mesmo diretor de "Trem da Vida". Recém-finalizado, o filme é uma comédia sobre os pigmeus. "É um pequeno filme, com uma pequena quantia de dinheiro, com pequenas pessoas", brincou o cineasta.
Os premiados também vão compor a tradicional "repescagem" da Mostra, que começa na próxima sexta, em seguida ao final oficial do festival. As salas devem ser reduzidas para as três do Cineclube DirecTV e o Cinesesc.

Acompanhe pela internet em www.folha.com.br/especial/2002/mostrabrdecinema

Texto Anterior: Trecho
Próximo Texto: Evento: Debates abordam "O Inferno" e "O Estado"
Índice