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Livraria Cultura abre hoje para 37 horas de atrações
Loja lança o Vira Cultura, com música, cinema e teatro
RAQUEL COZER
DA REPORTAGEM LOCAL
A Livraria Cultura do Conjunto Nacional abre hoje normalmente, às 9h, para fechar só
às 22h de amanhã. As 37 horas
ininterruptas compõem o primeiro Vira Cultura, espécie de
Virada Cultural em proporções
modestas, dentro da loja.
Com as estantes da maior
unidade paulistana da loja
acessíveis por toda a madrugada, será inevitavelmente uma
"virada literária", mas acrescida de atrações de música, cinema, teatro e dança.
Hoje, quando a livraria abrir,
o público será recebido ao som
do Queentet Jazz. Outras sessões musicais serão comandadas pelo violonista Guinga, pela
cantora Fabiana Cozza e pela
banda de folk rock Vanguart.
Os cineastas Beto Brant ("O
Invasor", "Cão sem Dono") e
Carlos Nader ("Pan-Cinema
Permanente") participam de
bate-papos sobre suas obras,
assim como a colunista da Folha Danuza Leão -no caso, sobre o livro "Fazendo as Malas",
lançado pela Cia. das Letras.
A programação é gratuita, com
exceção das peças de teatro. O
monólogo "A Alma Imoral", de
Clarice Niskier, além das sessões usuais de hoje e amanhã
(às 21h, no teatro Eva Herz, a
R$ 50), tem apresentação extra
hoje, às 23h30, a R$ 10.
"A Clarice fez essa gentileza
de abrir mão do pagamento para permitir o ingresso a preço
popular", diz Pedro Herz, presidente da Livraria Cultura. "O
investimento é todo da livraria,
mas os artistas colaboraram."
"Idéia antiga"
Embora o nome Vira Cultura
emule o maior evento cultural
gratuito de São Paulo, Herz
afirma que a proposta não foi
inspirada nem na Virada, nem
na Noite Branca parisiense.
"É uma idéia antiga, que não
vingou porque surgiu quando
tínhamos só a loja do shopping
Villa-Lobos. Daí era complexo,
envolvia o funcionamento de
todo o shopping, garagem, ar
condicionado", diz. "Quando
abrimos a do cinema [o Astor,
que por 40 anos funcionou no
local onde a Livraria Cultura se
instalou há um ano e meio], a
idéia me voltou à cabeça, e trabalhamos nela. Aqui, somos
mais independentes."
Se tudo correr bem, espera, o
Vira Cultura também entrará
no calendário de eventos culturais da capital, e não só uma vez
por ano. Com sorte, será trimestral, ou talvez semestral.
Não haverá, durante o evento, descontos em livros além
dos que já existem em dias normais. Em compensação, o cafezinho sai por apenas R$ 0,99
(em vez dos costumeiros R$
2,80) da 0h às 6h de amanhã,
para ajudar o público a enfrentar a madrugada.
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