São Paulo, sexta-feira, 28 de novembro de 2008

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Livraria Cultura abre hoje para 37 horas de atrações

Loja lança o Vira Cultura, com música, cinema e teatro

RAQUEL COZER
DA REPORTAGEM LOCAL

A Livraria Cultura do Conjunto Nacional abre hoje normalmente, às 9h, para fechar só às 22h de amanhã. As 37 horas ininterruptas compõem o primeiro Vira Cultura, espécie de Virada Cultural em proporções modestas, dentro da loja.
Com as estantes da maior unidade paulistana da loja acessíveis por toda a madrugada, será inevitavelmente uma "virada literária", mas acrescida de atrações de música, cinema, teatro e dança.
Hoje, quando a livraria abrir, o público será recebido ao som do Queentet Jazz. Outras sessões musicais serão comandadas pelo violonista Guinga, pela cantora Fabiana Cozza e pela banda de folk rock Vanguart.
Os cineastas Beto Brant ("O Invasor", "Cão sem Dono") e Carlos Nader ("Pan-Cinema Permanente") participam de bate-papos sobre suas obras, assim como a colunista da Folha Danuza Leão -no caso, sobre o livro "Fazendo as Malas", lançado pela Cia. das Letras.
A programação é gratuita, com exceção das peças de teatro. O monólogo "A Alma Imoral", de Clarice Niskier, além das sessões usuais de hoje e amanhã (às 21h, no teatro Eva Herz, a R$ 50), tem apresentação extra hoje, às 23h30, a R$ 10.
"A Clarice fez essa gentileza de abrir mão do pagamento para permitir o ingresso a preço popular", diz Pedro Herz, presidente da Livraria Cultura. "O investimento é todo da livraria, mas os artistas colaboraram."

"Idéia antiga"
Embora o nome Vira Cultura emule o maior evento cultural gratuito de São Paulo, Herz afirma que a proposta não foi inspirada nem na Virada, nem na Noite Branca parisiense.
"É uma idéia antiga, que não vingou porque surgiu quando tínhamos só a loja do shopping Villa-Lobos. Daí era complexo, envolvia o funcionamento de todo o shopping, garagem, ar condicionado", diz. "Quando abrimos a do cinema [o Astor, que por 40 anos funcionou no local onde a Livraria Cultura se instalou há um ano e meio], a idéia me voltou à cabeça, e trabalhamos nela. Aqui, somos mais independentes."
Se tudo correr bem, espera, o Vira Cultura também entrará no calendário de eventos culturais da capital, e não só uma vez por ano. Com sorte, será trimestral, ou talvez semestral.
Não haverá, durante o evento, descontos em livros além dos que já existem em dias normais. Em compensação, o cafezinho sai por apenas R$ 0,99 (em vez dos costumeiros R$ 2,80) da 0h às 6h de amanhã, para ajudar o público a enfrentar a madrugada.


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